Estou digitando este sonho logo que acordei, portanto está mais vívido, mesmo assim não completo.
Foi apresentado para um mim uma circunstância, onde uma mulher recém parida esta com o seu filho sem apoio de ninguém. Ofereci para ficar em minha casa sem cobrar nenhuma forma de contrapartida. Dei todo o apoio necessário a ela e ao filho.
Logo entrei em outra circunstância que não vi a conexão de uma com a outra. A minha casa estava cheia de gente. Entravam em grupo, com um tipo de fardamento, e alguém ficava explicando, como um cicerone.
Sentei em uma cadeira esperando o fluxo passar e ao observar através do espelho vi os meus parentes que sempre vem almoçar comigo nos domingos do lado de fora. Fiz sinais para eles entrarem e notei certa insatisfação, principalmente no meu irmão C., que se apresenta o líder entre eles.
Eles procuravam o local do almoço e a minha irmã N. comentava que estava vendo o pessoal comendo as guinés que eles haviam trazido. Fiquei constrangido com a situação e fomos até a mesa, que já estava com a alimentação bem reduzida. Notei que eu também já havia almoçado, mas também pequei um prato e voltei ao almoço com eles. Notei que minha situação de confiança entre eles tinha sido abalada, eu não havia administrado a situação para eles não entrarem em tal contexto. Eu não lembrava nada do que tinha acontecido antes, não sabia nem que tinha almoçado antes junto com as pessoas. Só sabia que eu era o responsável pelo que tinha acontecido. Notei a quebra de confiança entre eles, pois se havia tal situação, com certeza eles não teriam vindo. Eu deveria ter avisado de qualquer mudança da rotina que sempre fazemos.
Lembrei, dentro deste contexto tão adverso, que as lições do Mestre sobre a Verdade e sobre a Humildade deviam ser aplicadas. Pedi desculpas a todos pelas circunstâncias negativas em que eles entraram, confiando em mim, e que eu não sabia o que tinha acontecido antes. Mas eu voltei a comer de tudo que eles estavam comendo, pois se algo houvesse sido colocado para os prejudicar, também prejudicaria a mim. Comentei que o sucesso que a maldade poderia ter com essa estratégia em que estávamos colocados, era que a confiança que nós tínhamos uns nos outros fosse destruída para sempre. Eu não poderia evitar essa destruição, pois eu fui o causador, mesmo inconsciente. O meu pedido de perdão, como faço agora, com humildade, servirá apenas como atenuante do constrangimento que todos estão sentindo, mas não como antídoto para eliminar todos os danos sobre a confiança. Mas existe uma forma de nossa confiança mútua não ser destruída, é que vocês enquanto grupo reconheçam a situação, percebam o ataque externo que foi feita a nossa harmonia interna mantida pela confiança mútua; que vocês percebam de forma unânime a minha posição de fragilidade, que não posso reverter tudo o que foi feito, sem a minha participação voluntária; que vocês se apoiem na confiança que tem em mim, pela história dos frutos que produzo em todos os tempos, que a minha árvore é boa e que não pode ser podada ou derrubada; se forças trevosas conseguiram fazer tal circunstância com o objetivo de destruir a nossa confiança coletiva é somente vocês, agora, que devem mostrar que esse objetivo maldoso não foi alcançado. Todos devem se comportar da mesma forma que se comportam a cada encontro nosso, com alegria e fraternidade, sem a demonstração de nenhum constrangimento ou ressentimento; que estão além do importante ato do perdão, estão na condição de não se sentirem ofendidos, pois sabem debaixo de qual árvore estão.
Não consigo lembrar do desfecho do sonho, talvez tenha acordado antes. Mas deixo aqui a minha interpretação. A primeira fase do sonho, mais curtinha, talvez tenha sido para que o meu espírito pudesse demonstrar a capacidade de fazer o bem sem esperar por nenhum pagamento do beneficiado, nem pelo sexo compensatório, que muitas vezes sou acusado de tal coisa, fazer o bem em troca do sexo.
Na segunda fase para mostrar que o meu espírito tem essa capacidade de acolhimento dentro da minha própria casa, mesmo que isso possa trazer desconforto para mim e até constrangimento para outras pessoas. E fica a grande lição para todos, que consolidei este aprendizado nesta semana. Que o perdão pelas falhas que possam acontecer aqui e ali, por minha condução errada de forma consciente ou inconsciente, é importante, mas, bem mais importante, é ninguém se sentir ofendido, por saberem que estão na sombra de uma árvore boa e que jamais produzirá frutos venenosos para quem quer que seja.
Este sonho mostrou a importância dessas lições sobre o perdão. Foi por isso que o Pai fez eu adquirir em um sebo na Cidade Alta, o livro “A História de um Anjo” escrito pelo médium Roger Bettini Paranhos, com a supervisão do Espírito Hermes. Devo reproduzir aqui o texto que tanto foi útil para reagir à circunstâncias que evocam sentimentos negativos e abalam a harmonia que a fraternidade pode trazer.