É importante conhecer a dimensão espiritual do Papa João Paulo II e a importância do seu pensamento para os dias de hoje.
Minha consciência, antes, dava mais destaque ao gosto que o Papa tinha de viajar pelo mundo e beijar o chão do país que estava chegando.
Eu não conseguia perceber o foco contra o comunismo que ele tinha em suas ações, a sua inteligência em dissipar a penetração do comunismo que queria se entranhar na sua/nossa Igreja católica.
A mensagem que ele deu na abertura dos trabalhos da Terceira Conferência Geral do Episcopado Latinoamericano em Puebla de los Angeles, no México em 1979 foi digno de um representante de Pedro na condução da barca da Igreja Católica.
Enfatizou que como pastor universal era gratificante constatar que existia ali em Puebla, não um simpósio de peritos, não um parlamento de políticos, não um congresso de cientistas ou técnicos, por mais importantes que possam ser essas reuniões, mas como um fraterno encontro de pastores.
Esclareceu que vigiar pela pureza da doutrina é a base da edificação da comunidade cristã, é, pois, junto com o anúncio do Evangelho, dever primeiro e insubstituível do pastor, do mestre da fé.
Isso foi um chamado à fidelidade à Igreja, a uma antropologia fundamentada no Evangelho, ao serviço à unidade, à defesa da dignidade humana, ao cuidado da família, das vocações sacerdotais e religiosas da juventude.
Que a libertação do homem não poderia se restringir ao econômico, ao político, ao cultural, ao social.
Que o mais importante é a libertação do homem do pecado, da influência de Satanás.
Este discurso imprimiu o curso que as discussões iriam tomar e lavou a nossa alma de leigos atemorizada pela influencia de Satanás na Igreja e em nossas vidas.
Esta mensagem deveria ser reproduzida e distribuída em todas as dioceses e grupos cristãos como vacina contra o vírus do comunismo. Passei a respeitar muito mais a memória do Papa João Paulo II, sua inteligência e coragem de confrontar o inimigo dentro da Igreja como foi o caso em Puebla, e dentro do mundo como foi o caso do enfrentamento comunista em parceria com Ronald Reagan, Estados Unidos, e Margareth Thatcher, Inglaterra, destruindo o poderio e existência da União Soviética.
É este tipo de memória que devemos reverenciar, ensinar e praticar, hoje, principalmente no Brasil.