Cada pessoa tem a capacidade cognitiva de avaliar a realidade, discernir a Verdade da mentira e fazer o diagnóstico mais preciso dentro de suas tendências psicológicas.
O que aconteceu no Brasil nos últimos 10 anos traz essa questão para nossa reflexão. Observamos que o país foi atacado maciça e sistematicamente pela corrupção de um governo devidamente julgado e condenado pela justiça.
Os fatos e os dados foram colocados à disposição da população, mesmo com todo o sistema de contrainformações conduzidas pela grande mídia. Mas os dados fornecidos pela justiça foram de uma clareza tal, que foi incapaz de ser obnubilada por qualquer esquema mentiroso. Mas, mesmo assim, foi tentado abafar os fatos e falsas narrativas foram divulgadas para desorientar a população.
Aqui está o cerne da questão. As pessoas normalmente capacitadas cognitivamente para o discernimento da realidade, não tem como deixar o real pelo falso, o correto pelo errado. Se isso não acontece, posso considerar três possibilidades.
Primeiro, estamos lidando com os corruptos e toda a sua gangue, direta ou indireta. Corruptos diretos são aqueles que praticam os atos de corrupção, quer seja de livre arbítrio, quer seja por obedecer às ordens. Os corruptos indiretos são aqueles que beneficiados dos atos de corrupção, reconhecem as iniquidades, mesmo assim aceitam e passam a defender quem os prestigiou, com cargos, bolsas, ou quaisquer tipos de privilégios.
Segundo, os retardados mentais que não tenham capacidade racional de discernimento e podem facilmente serem direcionados por slogans, palavras de ordem, falsas narrativas. São pessoas frágeis que precisam da nossa proteção, de ajuda-los e não de utilizá-los como massa de manobra. Neste campo também podem ser colocados os analfabetos, integrais ou funcionais. São pessoas que, por não dominarem o poder da linguagem podem ser ludibriados pelas iniquidades, mesmo que existam entre elas, muitas pessoas que por terem alto senso moral, conseguem perceber onde está o bem ou onde está colocado o mal.
Mas, este terceiro é o mais complicado, são os hipnotizados. Sabemos que a hipnose acontece quando alguém recebe uma sugestão de outra pessoa com determinado grau de autoridade e que imagina ser benéfico para ela e para a população. Essas sugestões podem ser enviadas maciçamente pelos órgãos de comunicação, principalmente a televisão. São sugestões que podem ser baseadas em algum fato real, mas que traz em si uma distorção para beneficiar quem o promove. Geralmente quem tem esse poder de disseminar falsas sugestões de benefícios, são as pessoas ou grupos que detém o poder econômico, que podem eleger parlamentares, comprar magistrados, bancar artistas, monopolizar a mídia. Esta rede de emissores de sugestões articuladas é um forte elemento hipnotizador. A pessoa que não conseguiu discernir o mal que a sugestão veicula, entra em transe hipnótico e cada vez que aprofunda a hipnose mais difícil é sair do transe. Neste caso, independe da condição cultural ou moral da pessoa. Podemos observar um contingente de pessoas de boa índole, que não são corruptos e não pretendem ser, defendendo posições francamente corruptas e seus autores. Observamos que a nossa mensagem de esclarecimento não consegue vencer a barreira hipnótica que se formou na mente do hipnotizado. O que pode salvar e retirar essa pessoa da hipnose, é que em algum dado momento a sua consciência perceba algo que está contra os seus princípios. Este é o momento em que desaba a muralha da hipnose.
Digo isso como terapeuta que trabalha com hipnose e também como hipnotizado social que fui. Lembro quanto tempo fui militante de partido político de esquerda, o PDT. Fui candidato diversas vezes para diversos cargos, fui secretário do PDT em Natal, cheguei a ser diretor de instituições na administração desse partido. Só consegui sair da hipnose quando elegi Lula com o meu voto e na sua primeira gestão como presidente percebi o quanto ele mentia no caso do Mensalão. Foi aí que minha consciência despertou. Eu não poderia apoiar uma pessoa que mentia tão descaradamente. Algo estava errado com as sugestões que eu recebia e que considerava como certas. Fui em busca da Verdade e descobri que estava atuando no campo errado. Saí da hipnose.
Hoje, sei de todo esse mecanismo e não consigo tirar da hipnose as pessoas que considero da maior honestidade, que são pessoas amigas e até parentes em primeiro grau, mas não consigo derrubar a barreira hipnótica.
Agora, procuro pessoas como eu, que estão fora desses três campos cognitivos e que podem colaborar no coletivo para ajudar os nossos irmãos, nosso país e o mundo da ameaça de iniquidades que está bem próxima.
Esta ameaça se formaliza como uma guerra de quinta geração, de natureza espiritual e que temos um grande comandante, Jesus Cristo, cuja arma principal Ele já disse: a Verdade nos libertará.