Cada vez mais tenho a compreensão que a Teologia da Libertação é um movimento revolucionário dentro da Igreja Católica, é uma dissidência que implica numa ruptura, que justifica a formação de uma nova igreja.
Isso aconteceu com os revolucionários capitaneados por Lutero, que originou as diversas igrejas protestantes, formadas cada uma com suas específicas visões de mundo e de Deus.
O problema ou talvez o objetivo da Teologia da Libertação/Movimento Comunista é absorver a cultura católica com toda a grandeza que ela conquistou no passado e que promete no futuro.
Este é um inimigo mais perigoso, pois não se coloca no campo oposto das ideias para influenciar a práxis como é o tradicional; se coloca dentro do mesmo campo católico para distorcer o pensamento de quem se envolve com suas narrativas sem fazer a devida comparação com a narrativa que o Cristo deixou para nós e que formou e consolidou a Igreja Católica; que defende a construção do Reino de Deus no mundo transcendental a partir da revolução interna dentro dos nossos corações.
O Cristo não defende a formação de exércitos para a conquistas de reinos temporais, sempre tentou ensinar isso aos primeiros apóstolos, mesmo que esses também esperassem um Messias libertador, usando o poder da espada.
A Teologia da Libertação se assemelha mais ao movimento Zelote que existia na época do Cristo, na luta pela libertação do opressor romano, movimento ao qual o Cristo nunca aderiu.
Pelo contrário, o Cristo atraiu para o seu colegiado o Simão, Zelote, para deixar de trabalhar na revolução pelas armas em busca de um Mundo Melhor à curto prazo, para trabalhar pela construção do Reino de Deus que não é deste mundo e que se consolidará à longo prazo, preferencialmente no mundo transcendental.
Hoje, os Zelotes atuais atraem os novos apóstolos (bispos) para trabalharem pela revolução comunista em busca da construção de um Mundo Melhor pela força das armas e de tanto sangue derramado.
Devemos encarar essas pessoas como membros de outra Igreja, bem diferente daquela que o Cristo ensinou, mesmo que use das mesmas palavras, mas com intenções diferentes.