Em 15-01-23, às 24h, recebo mais uma mensagem intuitiva de Fábio.
Ai de mim se Deus não ouvisse o meu choro.
Quanta dor no meu coração, na vida que desperdicei, por coisas tão banais, uma simples substância, uma simples transa sexual, uma simples aventura com pessoas perigosas que não pensavam, não sentiam e não agiam como eu.
E minha mãe? Coitada! Quanto trabalhou e quanto me ajudou... eu não dava o merecido valor, queria que o dinheiro entrasse com o trabalho dela. Eu usava o sentimento dela por mim para usufruir dos desejos que o dinheiro conquistava, mas com o trabalho dela, principalmente.
Agora estou aqui no mundo espiritual que eu não fazia a menor ideia de como seria; agora estou sentindo o mesmo desejo de antes, mas sem ter o corpo para ir atrás.
Sinto também o choro da minha mãe e que entra na minha mente como se fosse o meu próprio choro. Até o ódio que ela sente chega perto de mim como uma onda quente, destrutiva, e que não quero sentir.
Quero ficar na paz apesar desse desejo que sempre que sempre me foi advertido que era errado, mas eu nunca quis aceitar, nunca quis me corrigir. Até aqui eu continuo com o forte desejo de usar a maconha. Mas sei que não posso ir atrás. Nem posso pedir a minha mãe que faça tais coisas por mim.
O que posso fazer agora é chegar perto de quem está encarnado e tem um desejo parecido com o meu. Vou chegar perto dessa pessoa e fazer uma força perto dos pensamentos dela e fazê-la imaginar com os meus desejos, fazê-la pensar que seria ir atrás das substâncias.
Vou rezar. Tenho que rezar! Penso agora que eu estava errado, depois do “leite derramado”. Vou procurar ficar perto de Deus.
Deus terá compaixão de mim, do meu sofrimento, e principalmente do sofrimento que não precisava ter acontecido.
Até agora não fui chamado por ninguém, só sinto as lágrimas que foram e continuam sendo derramadas.
Talvez o meu tio consiga alguma forma de comunicação. Vou ter paciência para aguardar e me esforçar para me corrigir e ser um bom soldado de Cristo como meu tio espera de mim... eu e minha mãe.
Vejo que a linguagem que é usada na mensagem tem muito a ver comigo mesmo. Posso avaliar que é um contexto de animismo. O meu racional aponta para isso. Mas minha consciência, aliada à coerência do que já aprendi sobre o mundo espiritual e da tanta influência que ele exerce sobre nós, entende que este conteúdo pode sim ter a participação da consciência de Fábio que agora está do outro lado. Não posso dizer com precisão do quanto pode ser essa percentagem, mas imagino que o animismo ainda contenha a maior parte. Mas já nos contenta a mínima parte do pensamento dele que consegue chegar até nós.