Sióstio de Lapa
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Meu Diário
02/02/2023 00h01
SÃO SEBASTIÃO

            Coloco aqui um resumo feito pelo padre Paulo Ricardo sobre a vida de São Sebastião, pois traz um bom exemplo atual e dirigido a nós, cristãos que moramos no Brasil.



            Sebastião foi um leigo que testemunhou a Cristo com grande prudência e valentia. Ele nasceu em Narbona, na França. Ficou órfão de pai e a mãe se transferiu para Milão, norte da Itália.



            Ele vendo a perseguição dos cristãos, pelo imperador Diocleciano, foi para Roma servir de apoio aos cristãos para que eles não fraquejassem na fé.



            Seguiu carreira militar e participou do grupo militar mais importante da época, que era a Guarda Pretoriana, proteção do imperador. Ele tinha contato direto com o imperador que não sabia que ele era cristão.



            Ele apoiava os cristãos que estavam presos no Palatino, a prisão do imperador. Havia dois irmãos, gêmeos, que estavam presos e prestes a apostatar, abandonar a fé. Sebastiao foi lá e pregou para os dois. Estava lá o carcereiro, uma mulher muda que tinha vontade de se tornar cristã, mas não tinha coragem. Sebastiao ao pregar o evangelho como leigo, como soldado, seu rosto começou a brilhar com uma luz divina. Diante daquela luz todos ficaram espantados. Os dois jovens, prestes a perder a fé, recuperaram a sua crença, a mulher muda ficou curada e o próprio carcereiro se converteu. Todos eles morreram como mártires cristãos, deram seu testemunho de fé.



            Chega momentos na vida onde você ou testemunha Cristo ou se torna um apóstata, um traidor. Sebastião não tinha ainda chegado a esse momento. Dentro da grande perseguição de Diocleciano muitos cristãos estavam vacilando, estavam caindo. Sebastiao foi para encorajar os mártires e depois secretamente sepultá-los e venerá-los.



            Mas alguém da Guarda Pretoriana denunciou Sebastiao ao Imperador. No interrogatório ele confirmou ser cristão. Antes ele dissimulava, mas no momento transformou-se em fé explícita, porque chegara a encruzilhada, o momento em que ou testemunha ou está traindo a Deus.



            O próprio Jesus é exemplo para nós. Durante sua vida pública dos três anos, tentavam matar ele e ele escapava, até que chegou o momento, a sua hora.



            Sebastiao foi condenado a morrer sob flechas e depois continuou amarrado à árvore para ser devorado pelas feras selvagens. Mas ele sobreviveu milagrosamente, foi resgatado por uma viúva, Irene, que trabalhava naquela área do Palatino, e curou das feridas de Sebastião. Agora ele sentia que não podia ficar as escondidas, tinha que seguir sua vocação com destemor. Movido pelo Espírito Santo, vu que Deus queria que ele desse o seu testemunho diante do imperador. Foi para o repreender e fazer uma profecia. Que ele estava fazendo uma grave injustiça com os cristãos e que seria punido com o inferno se não se convertesse e que depois viria um imperador que daria liberdade aos cristãos.



            Sebastião não viu a paz na Igreja, o fim das perseguições, mas ficou preocupado com a salvação do imperador e sentiu que era o seu dever advertir o imperador dos seus graves e grandes pecados.



            Isso mostra que nós cristãos devemos agir em certos momentos discretamente, sem hipocrisia, com dissimulação, esconder o que se é. Sebastiao em algum momento dissimulava o que era, mas em outro momento foi chamado a se manifestar abertamente. São os tempos de Deus.



            Neste tempo de tantos conflitos em nosso país, muitas pessoas estão cometendo o pecado de desejar o mal para alguns dos nossos políticos, juízes, militares... o que precisamos desejar, a exemplo de São Sebastião é que eles se convertam. Que essas pessoas se libertem da escravidão de Satanás, porque esses ditadores que querem nos escravizar estão escravizados, eles são os primeiros escravos de Satanás. Estão profundamente escondidos nas trevas, inacessíveis às nossas orações. Mas temos que crer no poder de nossas orações. As trevas estão escravizando o nosso país e os dirigentes de nosso país. Devemos querer a libertação dessas pessoas. Essa é a verdadeira caridade cristã. Infelizmente não aconteceu ontem a conversão de Diocleciano, mas não quer dizer que não acontecerá hoje.



            Pessoas que hoje estão cometendo graves injustiças, atentando contra o Estado democrático de direito, implantando uma ditadura cruel no nosso país, essas pessas, por mais que estejam acorrentadas no profundo das trevas por feitiçarias, magia negra, sacrifícios aos poderes das trevas, essas pessoas podem ser resgatadas por Nossa Senhora, pelas nossas orações, pelo santo sacrifício da missa.



            Se sacrifícios feitos aos demônios fazem o prodígio de amarrar o nosso país, o que não fará o sacrifício de Cristo na cruz, renovado no altar. A única coisa que está impedindo isso de acontecer é a nossa fé fraca, a nossa esperança cambaleante, a nossa caridade sem vigor. Com fé, esperança e caridade podemos nos aproximar do altar de Deus, celebrar os santos sacrifícios, e sermos como Sebastião, uns secretamente, sem aparecer às claras, outros mais claramente, dependendo daquilo que Deus nos reservou em nossas vidas. Existem encruzilhadas onde muitas vezes aquilo que nós estamos vivendo de forma dissimulada, com pudor, querendo simplesmente nos proteger, de proteger a igreja de pessoas que não a amam o suficiente.



            Muitas vezes temos que abrir o peito e com parresia, com destemor, abrir o peito e proclamar a fé e ir ao martírio. Enquanto isso, nos consolemos mutuamente na fé, renovemos a fé uns dos outros. É importante que todos nós saibamos ler o momento histórico em que seremos chamados, convocados por Deus a dar o nosso grande testemunho.



            Rezemos intensamente por todos os líderes do nosso país. Nós somos a Guarda Pretoriana espiritual. Nós somos os guarda-costas espirituais dos políticos, dos juízes, dos militares, porque nós precisamos cobri-los de oração, para arrancá-los das influências malignas naqueles que certamente creem no poder de seus sacrifícios malignos e de suas feitiçarias. Mas nós cremos muito mais no poder do Cristo, aquele que com sua morte na cruz, filho da Virgem Maria que esmagou a cabeça da serpente.



            Rezemos a São Sebastiao que já libertou o Brasil uma vez, que liberte outra vez.



            São Sebastião foi visto na Baía da Guanabara liderando as tropas portuguesas contra os invasores protestantes calvinistas franceses.



            O Rio de Janeiro hoje seria um país francês, protestante, se não fosse a aparição de São Sebastião na Baía da Guanabara que venceu aparecendo às tropas portuguesas.



            Que esse grande mártir, como os orientais o chamam, megalomártir, interceda por nós para que também possamos dar o nosso testemunho de fé.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/02/2023 às 00h01