Colocando uma lupa filosófica para observar o Brasil de uma distância acima das narrativas dos fatos, vamos observar a existência de três Brasis.
O primeiro é o Brasil real, onde vivemos com uma fachada de democracia, de justiça social, painéis propagandísticos que cada vez se esgarçam dentro de um olhar crítico, independente. É este Brasil onde trabalhamos cerca de um terço de nossas vidas para pagar impostos ao Estado de todas as formas possíveis e imagináveis, onde o dinheiro escapa entre os dedos de gestores corruptos e empresas corruptoras, e a população sofre os efeitos da falta de serviços que deveriam ter sido praticados.
Passamos para o segundo tipo de Brasil que pode ser considerado o ideal, que está na mente das pessoas de boas intenções, mas que não possuem as condições para corrigir o Brasil real, mesmo sendo a maioria da população, mas não conseguem expressar sua vontade através do voto, pois o processo democrático está corrompido em toda sua textura, tanto na compra de votos por eleitores analfabetos que correm em busca da subsistência, quanto nas urnas viciosas que não mostram a realidade do eleitorado. Dentro da sociedade surgem iniciativas como a Brasil Paralelo, que procuram trazer fatos reais, longe das mentiras e falsas narrativas, clareando a mente do cidadão com a luz da verdade.
O terceiro tipo de Brasil é o infernal. Neste tipo, o gerenciamento do país fica bem esclarecido, dentro das iniquidades em todas as esferas. As principais instâncias de poder, executivo, legislativo e judiciário, se mostram contaminados plenamente pela corrupção, autoritarismo, injustiça, e medo que acovarda os fracos e imobiliza os fortes. Os marginais criam sindicatos e negociam seus privilégios com o poder público, mostrando que eles têm o direito de explorar e matar os cidadãos e serem respeitados pelos seus crimes. Os professores, em todos os níveis escolares, desde o básico até as universidades, doutrinam os alunos com suas ideologias macabras disfarçadas por palavras de ordem como liberdade, igualdade e fraternidade. O ser humano é obrigado a ser inoculado com substâncias experimentais, é ensinado que não tem um sexo biológico e que ele é quem escolhe o que deseja ser, e até as igrejas esquecem dos ensinamentos dos seus fundadores, como o cristianismo, por exemplo, e coloca as teses revolucionárias do marxismo como forma de alcançar a liberdade e a construção de um mundo melhor.
Fazendo a justaposição dos três Brasis, vamos perceber que o Brasil real se aproxima mais do Brasil infernal do que o Brasil ideal. Sabemos que em termos coletivo, do melhor para a nação, é importante que coloquemos o país próximo ao ideal. Mas para isso acontecer é necessário que os criminosos que agora estão no poder sejam julgados condenados e cumpram suas penas devidamente. Porém, eles alcançaram um grau de poder tão alto dentro das instituições que foram criadas para nos defender, que conseguem fazer o inverso das necessidades. Ao invés de prender os bandidos, eles não o fazem, prendem os cidadãos de bem e ainda tiram aqueles que foram colocados na cadeia pela justiça e são retirados pelo apadrinhamento criminoso.
Para nós, cidadãos de bem, só resta a última instância, aquela incorruptível, que está situada no plano transcendental, onde o nosso governador planetário se localiza e tudo observa, e tudo irá de corrigir.