Estamos dentro de um forno, cheio de calor abrasador, para forjar do barro da nossa carne uma nova humanidade. Podemos observar isso acontecendo ao nosso redor, no meio de tantos mártires que se envolvem que se envolvem em densas trevas.
Nós, humanos, que estamos neste cadinho de sofrimentos, experimentando ou expectando a miséria humana, desde aquele miserável que luta na ignorância da sua vida pela sobrevivência, sem ter ideia do que seja dignidade, até aqueles miseráveis abastados que acumulam fortunas a base de roubos, corrupções e todo tipo de iniquidades, que sugam o sangue, suor e lágrimas daqueles miseráveis ignorantes... macabro dueto de almas perdidas que fazem suas próprias coreografias nos holofotes das trevas.
Mas, deste conjunto da humanidade, começam a se delinear dois subtipos de humanidades, coexistindo lado a lado.
O subtipo humano que podemos chamar de “animal”, é aquele ser humano que passa a valorizar os instintos animalescos próprios de sua natureza biológica. Esses instintos passam a prevalecer em sua natureza e surge uma característica de rapinagem, de ser que ver no seu semelhante uma vítima a qual deve explorar para garantir sua vida da melhor forma possível, mesmo que isso signifique mentir ou escravizar quem esteja ao seu alcance.
O outro subtipo humano, mais raro de ser formado, podemos chamar de “anjo”. São aquelas pessoas que procuram seguir firmeza e dedicação as lições do Cristo. São aquelas que sabem amar ao próximo como se fosse a si mesmo; são aquelas que tiram das Escrituras os ensinamentos eternamente verdadeiros e divinamente belos, como: cria em mim um coração puro, oh Senhor! – O Senhor é meu pastor, nada me faltará. – Pois o Senhor meu Deus, segurará a minha mão direita, dizendo, não temas, Eu te ajudarei. Faz o melhor possível, ativamente, para conduzir o irmão errado para longe do caminho do mal, levando-o para os melhores caminhos do viver na retidão. Quando um inimigo o golpeia na face, não fica emudecido e passivo, mas, em uma atitude positiva, dá-lhe a outra face. Assim, reage positiva e dinamicamente em todas as situações da vida. Dará a outra face, ou qualquer ato que signifique isso, tipicamente, demanda iniciativa e uma expressão vigorosa, ativa e corajosa, da personalidade daquele que crê. São sábios e alertas para reagir, de modo rápido e positivo, com o bem para enfrentar o mal, com o fito de que possa efetivamente vencer o mal com o bem. Ele é um representante vivo para demonstrar que o bem verdadeiro é, invariavelmente, mais poderoso que o mal mais maligno. Esse subtipo já decidiu ser o discípulo de Cristo, esqueceu de si próprio, assumiu plenamente as suas responsabilidades diárias, pega a sua própria cruz, e segue.
São esses os dois subtipos que emergem da nossa espécie humana. Eu, como tantos, já decidi controlar meus instintos e não transformar minha vida em besta-fera. Pelo contrário, decidi seguir a Cristo e agora espero reforçar meus talentos dados pelo Pai, de inteligência rápida, coragem e sabedoria para seguir com minha cruz.
