Coloquei esse título meio confuso para me posicionar entre duas personagens que fazem parte da história do cristianismo e na qual estou incluído. O primeiro Francisco sou eu, que me posiciono entre o segundo Francisco, aquele de Assis, e o terceiro, aquele que é da Argentina e que virou Papa, assumindo o nome de Francisco.
Como nós três somos cristãos, cada um com uma missão diferente, mas que acredito seja sintonizado com o pensamento do Mestre, que todos nós conhecemos desde a infância, é importante que eu coloque minhas dúvidas entre eles.
Primeiro quero esclarecer por que meu nome é Francisco. Nasci numa cidade do interior do Rio Grande do Norte, Brasil, chamada Areia Branca. Fui o primogênito dos meus pais e tive muita dificuldade de nascer, assistido por uma parteira, em casa, puxado pela cabeça e sob muitas rezas e promessas. Uma dessas promessas foi feita ao santo mais reconhecido como milagreiro dentro do mês do meu nascimento, outubro, São Francisco de Assis. Caso eu conseguisse escapar daquele sufoco, receberia o nome desse santo que fez sua intercessão por mim junto a Jesus.
O segundo Francisco é o original. É aquele que foi chamado por Jesus para reconstruir Sua igreja que estava destruída, a partir de Assis, cidade da Itália, sede do Vaticano, a sede do cristianismo.
O terceiro Francisco se refere ao cardeal Bergoglio de Buenos Aires, Argentina, um jesuíta muito interessado nas causas sociais, que depois de eleito Papa resolveu assumir o nome de Francisco, direcionando suas ações para a humildade e justiça social.
Então, qual é a minha dúvida com esses dois homens que decidiram seguir os caminhos do Cristo com muito maior intensidade do que eu?
Ao observar o perfil psicológico de cada um deles, vejo que tenho fortes divergências entre um e outro, apesar de nós três estarmos dentro do cristianismo.
Francisco de Assis escolheu a humildade, deixou a riqueza da casa paterna e se casou com a pobreza. Tudo isso com base nas lições de Jesus e foi capaz de defender o seu posicionamento frente ao Papa da época, Inocêncio III, dentro do luxo do Vaticano. Com seu exemplo de conter os instintos, principalmente mantendo o celibato, sendo jovem e cortejado por muitas mulheres. Também procuro seguir as licoes do Cristo, porém trabalho e estudo com intensidade para fugir da pobreza, mas partilhando meus bens de forma justa. Ao invés de sair pedindo como Francisco fazia, eu partilho o que conquisto de bens materiais com aqueles que estão necessitados e vivem próximos de mim, principalmente. Pratico o amor incondicional seguindo a bússola comportamental que o Cristo nos ensinou, de fazer ao outro aquilo que desejamos ser feito a nós e dessa forma partilho afetos sem preconceitos, chegando até a intimidade sexual, mas sempre sintonizado com a proposta da família universal e Reino de Deus.
O Papa que escolheu o nome Francisco, tem uma forte tendência a buscar uma fraternidade universal passando por cima de princípios éticos, como deixar sem crítica a ideia e prática do aborto, ou expressar considerações por pessoas sabidamente corruptas, que podem levar países como o Brasil à bancarrota, como foi o caso de Lula/Dilma e sua gangue aqui no Brasil.
Dessa forma, estou afastado dos dois Franciscos, principalmente do Papa, pois além do mal-estar que causa em nós brasileiros, quando ele critica as nossas quando julgaram os dois ex-presidentes e os condenaram com justa causa. Pior ainda, seu comportamento está destruindo os pilares da Santa Igreja Católica, que durante tantos séculos contribuiu para tirar a humanidade da barbárie.