É importante conhecer a relação que existe entre o Ego e o Eu na arena mental. O Ego é a instância psicológica responsável pela integridade e reprodução dos nossos corpos biológicos. É representado na Bíblia por um monstro, citado no livro de Jó, como o Behemoth. Podemos representa-lo como um monstro de sete cabeças, os sete pecados capitais. O Eu, pode ser considerado o Espírito, o agente imortal que utiliza o corpo como ferramenta para evoluir ao longo das existências.
A arena mental está montada no cérebro, o órgão biológico que recebemos pela genética dos nossos pais. Assim, as virtudes e os defeitos que eles possuem podem passar na forma de traços psicológicos para nossas sensações e comportamentos.
Vamos considerar um cérebro feminino que recebeu dos pais os traços de hiperatividade e bipolaridade, que necessita de ajuste químico através de fármacos. Além disso, registra na memória os traumas, abandonos e todo tipo de sensações negativas provenientes dos seus mais diferentes tipos de relacionamentos que influenciam no seu emocional.
O Ego é estimulado pelo instinto para a busca de parceiro reprodutivo e para isso libera um grande prazer na sua obtenção e manutenção desse parceiro. A mulher deve ter um cuidado extra com essa motivação, pois dentro da cultura é a mais fragilizada pelos preconceitos sociais.
Após os devidos cuidados iniciais, a mulher desenvolve um desejo por um parceiro que se mostrou interessado, antecipadamente. Apesar da diferença de idade a mulher entra na relação afetiva mais íntima, sexual, com bons resultados imediatos. Porém o parceiro, mais imaturo, logo mostra que tem outros interesses e se afasta da relação. A mulher que tinha gerado uma expectativa, logo cai num vazio que desperta a baixa autoestima com a sensação do abandono, que já era um fantasma do passado. Os traços psicológicos de hiperatividade e principalmente de depressão passam a transbordar para a arena mental. O Eu não consegue administrar o tumulto mental e reconhece a depressão, a necessidade de ajustar a medicação que estava usando pra controlar. Ao mesmo tempo recebe instruções, na forma de psicoterapia breve, sobre a responsabilidade do Espírito/Eu no controle das emoções desordenadas. O sentimento de culpa e de vingança devem ser evitados. O ajuste medicamentoso foi feito.
Agora, resta saber como são gerados os sentimentos e emoções a partir do ajuste químico e do alerta psicológico.