Amar ao próximo foi a orientação que Jesus deu a quem aceita a sua principal lição que é reconhecer Deus como o nosso Pai universal, Criador de tudo e de todos.
Este é o mandamento de amor como base do relacionamento de quem queira ser discípulo do Mestre, acatando todas as suas lições, construindo o Reino de Deus. Ele mesmo nos deu a lição prática, nos ensinando a amar, amando a nós mesmos, que somos cheios de pecados, vícios e deformidades morais. Vejamos o exemplo de Judas, O traindo por 30 moedas, de Pedro O negando por três vezes, de João e Tiago querendo prioridades ao Seu lado no Reino de Deus, de Tomé desconfiando de Suas palavras...
Mesmo sabendo de nossas limitações e defeitos, Ele nos amou até o sacrifício máximo da crucificação, e este foi o exemplo prático deixado para nós. Amar ao próximo, mesmo sabendo de suas limitações, dificuldades e defeitos morais.
Porém, parece existir uma determinada limitação. Mesmo que esse amor esteja dirigido ao próximo e assim não oferecer barreiras de qualquer espécie para a sua aplicação, nem mesmo a barreira da consanguinidade, existe, porém, um pré-requisito: é que a pessoa que foi esclarecida sobre a existência do Pai, na necessidade da fraternidade universal e da construção do Reino de Deus, esteja de fato compromissado em cumprir as lições na sua prática pessoal, em qualquer que seja a circunstância.
Então, querendo ser o discípulo do Mestre, devo acatar o que Ele ensinou como verdade, mesmo não vendo o Pai nem tendo certeza da instalação desse Reino dos Céus. Isso se chama fé, que devo desenvolver, que está acima das dúvidas materialistas que considera como real somente o que possa ser percebido pelos nossos órgãos dos sentidos ou por aparelhos tecnológicos. Esta fé é o que dá sustentação à nossa decisão de nos considerar filhos de Deus, de viver em fraternidade junto com os irmãos, e de construir o Reino de Deus com a aplicação dos princípios espirituais acima dos materiais.
Após o primeiro passo, o de viver pela fé, vem o segundo passo, praticar o que foi aprendido. Isso vai se chamar catequese, mas não obrigatoriamente dentro de qualquer igreja, mesmo que estando dentro de determinada igreja a pessoa continue capacitada a praticar o que aprendeu sobre o Reino de Deus.
Agora é fazer como Jesus orientou, ir ao mundo de dois em dois, sozinho ou em grupo maior, para levar a mensagem do Reino de Deus que está próximo e que Jesus veio ensinar como ser cidadão desse Reino e que depende do discernimento e da atitude de cada pessoa que houve, o querer entrar ou não para esta nova sociedade de inspiração celestial.
Vamos encontrar resistências à construção deste Reino de Deus em todas as partes, até mesmo nos livros considerados sagrados, mas devemos entender tudo como Jesus nos ensinou: não é a letra que deve nos guiar, mas o espírito que a letra demonstra existir, portanto, seguir a lei espiritual de acordo com a hierarquia, como Jesus disse ser a maior lei: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.