Estamos dentro de uma batalha ferrenha, na guerra espiritual que se arrasta há milênios. A grande arma do adversário é a mentira, que constrói falsas narrativas, cobre a verdade dos fatos e ilude a consciência dos bons, da mesma forma que atrai as más intenções dos ignorantes, mesmo que esses sejam doutores e possuidores de altos cargos, acadêmicos, jurídicos ou eclesiásticos.
A natureza intrínseca desse conflito interno que possuímos dentro de nós, é a natureza animal pela qual é caracterizada o corpo biológico e a natureza angelical pela qual nosso espírito tem a necessidade de atingir. O corpo deve ser preservado para manter a sua existência no plano material e servir ao projeto evolutivo do espírito. Para isso acontecer, o Criador nos construiu com um “monstro” energético que a Bíblia denomina como Behemoth, capaz de influenciar a mente e motivar o nosso comportamento em direção ao egoísmo. Este trabalho do Behemoth deve ser disciplinado a nível mental pelo espírito. O egoísmo não pode ser tão forte a ponto de prejudicar os interesses evolutivos do próximo, que tem também possui os mesmos objetivos nossos: evoluir o espírito em direção à angelitude. Por isso o Mestre Jesus foi enviado pelo Pai para nos ensinar sobre a nossa paternidade divina, que todos somos irmãos, que devemos agir fraternalmente, usando a bússola comportamental de fazer ao próximo aquilo que desejamos ser feito a nós.
Esses princípios fraternos são considerados positivos e necessários, quando examinados pela mente livre de pedágios ideológicos. Agora, a mente aprisionada, voluntaria ou involuntariamente por princípios ideológicos, contrários a ideologia cristã, não irá aceitar o comportamento fraterno nem a paternidade divina que o origina. Porém, como o senso comum está mais sintonizada com os princípios cristãos, é importante que os adversários usem a arma da mentira para disfarçar o que eles realmente pensam e modificar a verdade dos fatos. Essas pessoas que passam a agir assim, mostram que escolheram viver pelo lado animal, são como lobos em busca de presas para garantir a sua sobrevivência, do clã familiar e dos amigos que pensam como eles. Mas não podem se mostrar como realmente são, pois isso iria afastar suas presas, as ovelhas sedentas de um bom pastor. Então, esses lobos se apresentam como bons pastores, interessados no bem-estar das ovelhas. Oferecem migalhas do que possuem, mantém a ignorância ao redor e os frutos ruins que produzem ou estão escondidos ou manipulados para terem uma boa aparência.
Este é o nosso trabalho enquanto cidadãos de mente livre das amarras ideológicas. Observar os frutos que são produzidos pelas árvores que se dizem boas, pois só assim poderemos desmascarar os lobos que se apresentam em pele de cordeiros. Não coloquemos o foco em nenhuma ideologia, política partidária ou religiosa. Coloquemos o foco na qualidade do fruto que é produzido, se é boa a sua ingestão para o nosso espírito ou irá fortalecer o egoísmo animal que nos afasta do caminho da divindade, da verdade, da vida eterna, das lições que o Mestre com tanto esforço trouxe para nós.
Ave Cristo! Os que vão viver para sempre te glorificam e saúdam.