Consideramos a Bíblia o nosso principal livro sagrado, sem desrespeitar os livros sagrados de diversos povos na face da Terra. Considero Jesus como o Cristo planetário, criador do universo onde estamos inseridos e no planeta onde Ele veio à cerca de dois mil anos, para nos ensinar, conforme a vontade do Pai, Criador Universal, sobre o Caminho e a Verdade para alcançarmos a Vida eterna e nos aproximar dEle nas diversas existências que teremos oportunidade de nos aperfeiçoar moralmente.
A Bíblia inicia com os cinco primeiros livros (Torá, Pentateuco) escritos pelo principal profeta do Antigo Testamento, Moisés. Essa autoria foi tradicionalmente atribuída pela tradição judaico-cristã. Também devemos considerar esta informação dentro de uma permissão educacional, para fixar melhor o aprendizado. Se formos aprofundar o estudo iremos constatar que partes desses livros foram escritos a mais de 500 anos depois da morte de Moisés e inclusive a sua morte é narrada em um desses livros, em Deuteronômio, cap. 34. Evidentemente, Moisés não seria capaz de contar a sua própria morte.
O primeiro livro é chamado de Gênesis, que significa Começo, e cobre aproximadamente 25.000 anos de história, mais do que todo o restante da Bíblia, inclusive o Novo Testamento. Neste livro, Gênesis, Moisés desejava ensinar aos filhos de Israel sobre os convênios que o Senhor fez com seus antepassados, por meio do qual Israel se uniria a Ele na obra de abençoar todas as nações e famílias da Terra (Cap. 12, 2-3: E eu te farei pai de um grande povo, e te abençoarei; eu farei célebre o teu nome, e tu serás bendito. Eu abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei aos que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as nações.) Gênesis descreve o começo de todas as coisas tais como a população da Terra cresceu, e como Deus começou a agir através da família de um homem, o patriarca Abraão. É uma narração seguindo um esquema de histórias de famílias. Dá início ao precioso conhecimento de Deus, o qual não se pode apreender de qualquer outra fonte. Não contém todo o conhecimento, mas representa o fundamental espiritual indispensável básico para se entender todo o restante da Bíblia. Revela que fomos criados à imagem de Deus, e que Adão e Eva escolheram o caminho que os levaria e também aos seus descendentes, que é cada um de nós, para longe do relacionamento com Deus.
O segundo livro é chamado Êxodo, que registra a saída do Egito do povo hebreu, onde viviam escravizados. Liderados por Moisés e pela sua fé em Yah (Javé, Jeová) foram escolhidos como seu povo. Foram pelo deserto até o monte Sinai onde Javé lhes promete a terra de Canaã (Terra Prometida) como recompensa por sua fidelidade. É formada uma aliança e são fornecidas as instruções para a construção do Tabernáculo, que seria a habitação terrestre de Javé. Então Ele desceu do céu e habitou com eles, liderando o povo na guerra santa para conquistar a terra e conseguir a paz.
O terceiro livro é chamado Levítico que fala da tribo escolhida para o sacerdócio, os levitas, a tribo de Aarão, irmão de Moisés, o primeiro sacerdote judaico. É endereçado a todo o povo de Israel e contém passagens específicas para os sacerdotes. Enfatizam práticas rituais, legais e morais ao invés de crenças. Os rituais, especialmente os relativos ao pecado e as oferendas decorrentes, são formas de se obter o perdão e a purificação das impurezas para que Javé possa continuar a viver no Tabernáculo.
O quarto livro é chamado Números, por se tratar do recenseamento das tribos israelitas. Para tomar posse da Terra Prometida a população é contada e preparativos são realizados para a marcha até lá. Durante a jornada aparece rumor sobre as dificuldades da viagem e questionamentos sobre a autoridade de Moisés e Aarão. Por causa disto, Javé destrói aproximadamente 15.000 deles través de formas variadas. Eles chegam até a fronteira de Canaã e enviam espiões para reconhecer o terreno. Ao ouvir o temeroso relato deles sobre as condições encontradas, os israelitas se apavoram e desistem de se apoderar do território. Javé condena-os todos à morte no deserto até que nova geração possa crescer e assumir a tarefa, o livro termina com a nova geração na planície de Moab pronta para cruzar o rio Jordão.
O quinto livro é chamado Deuteronômio (Segunda Lei), dividido em três sermões ou homilias proferidas aos israelitas por Moisés na planície de Moabe pouco antes da entrada na Terra Prometida. O primeiro recapitula os 40 anos vagando pelo deserto que culminaram naquele momento e termina com uma exortação para que se observe a lei, mais tarde conhecida como Lei Mosaica. O segundo relembra aos israelitas da necessidade do monoteísmo e da observância das leis que Deus lhes entregou no monte Sinai, da qual depende a posse da terra que irão conquistar. O terceiro oferece o consolo de que, mesmo que Israel se mostre infiel, e que por isso perca a terra, com o arrependimento tudo pode ser restaurado. Este livro se tornou com o tempo a afirmação definitiva da identidade judaica: “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” Dt, 6:5-6. Esta exortação foi dita por Jesus reforçando a ponte entre o Antigo e o Novo Testamento: “Chegou um dos escribas e, tendo ouvido a discussão e vendo que Jesus lhes havia respondido bem, fez-lhe esta pergunta: qual é o primeiro de todos os mandamentos? Respondeu Jesus: o primeiro é: Ouve, ó Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor é um só; e amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. Disse-lhe o escriba: Na verdade, Mestre, disseste bem que Ele é um; e não há outro senão Ele; e que o amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de toda a força, e o amar ao próximo como a si mesmo, excede todos os holocaustos e sacrifícios. Vendo Jesus que ele havia falado sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus. Ninguém ousava mais interroga-lo.” Mc,12:28-34.
Dessa forma, foi providencial que Deus, nosso Pai universal, tenha enviado Jesus para nos ensinar e ajustar as leis apresentadas por Moisés. Não podemos considerar Moisés acima do Cristo, observando a história e a missão de ambos. Perdemos a liderança de uma nação, a israelita, por não ter acreditado, sintonizado com a Boa Nova (Evangelho) trazido por Jesus, mas isso abriu a oportunidade de cada pessoa sintonizada com o Reino de Deus conforme Jesus ensinou, possa trazer a paz na Terra como está previsto. É importante que haja a união de várias pessoas com este mesmo propósito, e o Brasil considerado um grande país cristão tem a proposta espiritual de se tornar a pátria do Evangelho e o coração do mundo. Estamos atualmente atacados pelas trevas, como acontece em todo o mundo, mas temos no Brasil uma forte resistência cristã capaz de levantar o Reino de Deus após a derrocada do Anticristo.
Ave Cristo!