O Pai, criador de tudo o que existe, inclusive nós, tem as Suas regras e espera que todos nós as cumpramos, sem tergiversações ou murmurações. Mas como Ele nos criou simples e ignorantes, dentro de uma estrutura biológica regida por instintos de sobrevivência, termina por nós atendermos os desejos biológicos da carne, representados pela figura mitológica do Behemoth, como um monstro energético de sete cabeças que reside dentro de nós e nos influencia constantemente.
Acredito que o Pai fica observando e avaliando até que ponto o nosso livre arbítrio apoiado na racionalidade que ele nos proporcionou ao longo de milhares de anos, no processo evolutivo biológico que criou uma sofisticada rede neural dentro da caixa craniana, pode se associar a fagulha divina que Ele deixou em nós, quando assoprou a vida em nossas narinas. Até que ponto a nossa racionalidade, expressa na arena mental onde se enfrentam os instintos biológicos portados pelo corpo e a fagulha divina portada pelo Espírito, consegue perceber a Lei Divina e a prioridade do seu cumprimento.
Após milênios de observação, o Pai percebe que a humanidade consegue evoluir mais rapidamente nos aspectos científicos e tecnológicos associados aos seus instintos do que nos aspectos éticos e morais associados à sua fagulha divina. Considera a necessidade de intervir nesse processo de aprendizagem, favorecendo um ensinamento mais rápido, mais direto, do Caminho a ser percorrido para que cheguemos mais rápido perto dEle.
Dessa forma, Ele escolhe um dos Seus filhos mais evoluídos, Jesus que foi gerado miraculosamente, nasceu em Belém e se desenvolveu em Nazaré onde foi gerado. Jesus, quando assumiu a consciência da Sua missão, nos seus três últimos anos de vida, escolheu 12 pessoas para ficarem mais próximas dele e passou a ensinar por onde andava, amparado pelo poder que o Pai lhe proporcionava para que as pessoas respeitassem a autoridade do Cristo como o Filho do Pai universal que ele declarava ser, associado ao Filho do Homem pelo qual ele se apresentava a todos como ser encarnado na matéria.
Apesar das expectativas que existiam nesta vinda do Cristo como o Messias que iria resgatar o povo judeu da escravidão, para este mesmo povo assumir o totalitarismo religioso no império romano e em seguida, por todo o mundo.
Esta não era a missão que o Filho recebeu do Pai. Jesus veio para informar que a principal e mais importante de todas as leis, era reconhecer, amar e obedecer ao Pai criador de tudo; amar com todas as nossas forças, inteligência e dedicação. Para fazer isso na prática, era importante agir com pura fraternidade com todos os seres humanos desta grande família universal, cuja bússola comportamental seria “amar ao próximo como a si mesmo, não fazendo nada ao outro que não desejássemos para nós mesmos”. Esta lição facilitou a nossa compreensão de seguirmos o Caminho reto da Verdade em direção à Vida eterna próximo ao Pai.
Após 2 mil anos desta lição, continuamos com dificuldade de a compreender e muito menos coloca-la em prática. Mas o Espírito Santo do Pai, do Filho e de tantos outros que compreenderam, praticaram a Lei, continuam nos ajudando, tanto aqui na dimensão espiritual, como principalmente, da dimensão espiritual.
Agora temos bastante vozes que replicam as lições do Cristo, sobre o Caminho, a Verdade e a Vida eterna. Se não estamos aprendendo ou praticando, este é outro problema que reside basicamente na nossa capacidade racional e nas intenções dos nossos corações.
Aprendamos a orar, a nos comunicar com estes Espíritos Santos que estão ao nosso redor, para que tenhamos a sabedoria para reconhecer a Verdade, coragem para seguir o Caminho apontado e inteligência rápida para não nos envolver nas tentações do mal, da ignorância, que querem nos desviar da Vida eterna.