Vivemos como animais, como é o esperado de nossa natureza biológica. Procuramos a todo custo a melhor maneira para sobrevivermos, mesmo que isso nos leve a agirmos de forma antiética, perversa e até genocida.
Empregamos com naturalidade a mentira em nossas vidas, pois o que interessa é enganar o próximo com as mais diversas formas de corrupção, e a verdade ser revestida pelas falsas narrativas em benefício do nosso egoísmo.
Que cosmovisão é essa? A de que tudo o que acontece, a realidade total, nada mais é somente aquela que existe ao nosso lado, que podemos manipulá-la à vontade sem nenhuma consequência, a não ser aquela que seja possível pela falta de cooptação. Deve ser planejado tudo com muita atenção, conquistando pessoas (companheiros, cúmplices) para formar uma corja competente, uma quadrilha capacitada para assaltar qualquer tipo de bolso ou de cofre, de preferência da máquina pública. Sempre em vista dos interesses individuais, mesmo que se mostre como um projeto coletivo, como se observa nos movimentos revolucionários socialistas, comunistas.
Esta é uma cosmovisão medíocre, imediatista, que flui apenas em curto intervalo de uma vida que também se torna medíocre. Não importa se a pessoa detenha altos cargos públicos ou privados. Cargos sociais de quaisquer tipos, acadêmicos, jurídicos, eclesiásticos, etc. O que importa é como a pessoa atua, consciente ou inconscientemente, corrupto ou corruptor, inteligente ou néscio.
Sempre é considerado como a pessoa está agindo e não pode fugir dessa distinção: ou é íntegro ou corrupto. O que importa é que a pessoa caminhe pela verdade e justiça, por isso o Cristo encarnou entre nós, a mando do Pai, para mostrar justamente esse caminho da verdade em direção à vida eterna.
Mesmo o Cristo tendo deixado essa lição há 2.000 anos entre nós, continuamos sem distinguir a verdade, mesmo estando dentro de igrejas, templos ou centros espíritas. Ou talvez aconteça o pior, a pessoa consegue distinguir a verdade, mas não consegue defende-la, para não perder seus próprios privilégios, atuais ou potenciais
Mas o Cristo nos trouxe a verdade absoluta, de um Rei, um Criador, um Pai e da forma que Ele quer que nos comportemos, fraternalmente, uns com os outros, formando a grande família universal. Todos evoluindo em direção à vida eterna, e não se mantendo empenhado com a vida material, efêmera, que temos agora
Com a cosmovisão cristã abandonamos a “cosmovisão” (?) animal, de querer tudo de imediato, exclusivamente para si e que o próximo é um transtorno ou escravo, mesmo que agindo assim transforme a sociedade em frangalhos.
Verificaremos que ao discernir a verdade na cosmovisão cristã e a praticar em nossa conduta, saltaremos da condição animal em busca da condição angelical. Agora não somos mais desesperados pela sobrevivência deste corpo efêmero a qualquer custo.
Hoje eu sei que meu papel aqui nesta existência é acolher e ajudar o próximo que é o meu irmão e que o meu Pai quer que eu faça com ele o que eu quero que façam comigo. Pode ser até um adversário, um predador, um ladrão que assalta o bolso da sua vítima no escondido do escuro de uma ruela, ou um corrupto que assalta os cofres públicos sob a luz do dia, prejudicando comunidades inteiras, como uma peste de gafanhotos.
Essas pessoas, mesmo agindo nas iniquidades também são nossos irmãos, merecem nossa compaixão e até o sacrifício, como aconteceu com o Cristo, na tentativa de levar a luz da verdade para eles, que aceitando se livram das coletâneas de conceitos e preconceitos que as deixam acorrentadas ao mal.