Esta frase “A luz brilha na escuridão, mas a escuridão não dominará” está colocada no final do filme “A Missão”. É um filme vencedor da Palma de Ouro em Cannes, em 1986, estrelado por Robert De Niro e Jeremy Irons, com roteiro de Robert Bolt e direção de Roland Joffé.
A história se passa na América do Sul colonizada por portugueses e espanhóis, que disputam territórios, escravos indígenas e o poder. Os índios são as vítimas diretas dessa disputa e os militares como os verdugos que obedecem às ordens de cima, sem a preocupação com o certo e o errado, desde os generais aos soldados. Observa-se o constrangimento de alguns soldados em promoverem a carnificina dos índios, frente a ordem dos seus superiores e o sentimento da fé que veem nos atos dos jesuítas.
Aqui é o foco central do filme, mostrando o foco de luz trazido pela civilização cristã de amor ao próximo, independente de quem seja. O índio está dentro de uma cultura atrasada comparada à cultura ocidental, europeia, de onde os colonizadores provem. Os jesuítas querem tratar a todos com humanidade, levando os ensinamentos cristãos e as conquistas da sociedade moderna em favor dos índios. O objetivo não é deixa-los a mercê das injúrias da natureza, mas adaptando a sua cultura aos progressos que eles podem assimilar e assim irem se incluindo dentro dos padrões humanitários que devem ser universais, segundo o cristianismo, para a construção de uma sociedade ideal, do Reino de Deus.
Acontece que esse nobre objetivo é contrário ao poder instalado no mundo pelas raízes do egoísmo. As pessoas que detém esse poder não querem abrir mão dele a favor do benefício do próximo. Daí se ver o confronto inevitável entre o cristianismo e as diversas formas de poder exercido por qualquer tipo de paganismo, até mesmo por correntes do cristianismo infiltrado pelos adversários.
Este cenário é o que vemos reproduzido hoje no Brasil. Não são usadas as armas letais em confronto como foi visto no filme, mas são usadas armas burocráticas para trazer o mesmo prejuízo à população. Agora não são os índios ignorantes, mesmo que entre nós tenham alguns deles que percebem a verdade. Agora somos nós, cidadãos honestos, pacíficos, educados, que reconhecem o valor do cristianismo e queremos nos portar por ele. Tivemos um presidente, Bolsonaro, com este perfil cristão, que mostrou como podemos administrar a nação com honestidade, competência e fé no divino. Mesmo submetido a todo ataque das forças do mal, ele equilibrou as finanças, os serviços e mostrou ao mundo a nossa pujança. Mas os adversários conseguiram corromper diversas pessoas sem escrúpulos ou dignidade e todas as instituições ficaram pervertidas, até as Forças Armadas que num passado recente foi quem nos protegeu da mesma ameaça.
Agora estamos todos acuados dentro de nossas casas sem ao menos falar sobre a verdade. Muitos presos e outros soltos com tornozeleira, obrigados a trabalhar como aqueles escravos índios para encher os cofres da corrupção.
Apenas o poder divino pode nos apontar caminhos para sair da servidão, como aconteceu no Egito com Moisés. Nossa Senhora já nos advertiu que devemos rezar e fazer penitência para o socorro chegar. Acredito que devemos voltar ao tempo da perseguição romana onde foi necessário a tortura e o sangue de tantos mártires para o cristianismo ser reconhecido como a única ideologia que pode nos trazer paz e progresso para todos.
Por isso, mesmo com tantos entraves, a frase final do filme nos anima: “A luz brilha na escuridão, mas a escuridão não dominará”.