Jesus deixou o mundo espiritual e veio ao mundo material atendendo o pedido do Pai. Veio para nos ensinar que todos somos filhos do mesmo Pai universal e que por isso somos todos irmãos. A Sua vontade, como qualquer pai ou mãe pode confirmar, é que todos os seus filhos vivam em harmonia, na verdadeira fraternidade onde cada um possa amar o seu próximo como se fosse a si próprio.
Porém, Deus tem um projeto para cada um de Seus filhos. Que todos progridam da completa ignorância para a verdadeira sabedoria, se aproximando o máximo possível do Criador, aplicando ao seu redor a essência do Amor que recebe dEle.
Estamos aqui na Terra, um planeta considerado como uma escola ou um hospital, para acolher as nossas almas mergulhadas nos erros que a ignorância causou. Cada um de nós recebeu a centelha divina quando o Pai soprou sobre nós o seu hálito divino, nos dando a vida. Veja na Bíblia o livro de Gênesis, 2:7 – E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. Observamos que Deus, nosso Pai, não nos ensinou nada no ato da criação. Apenas soprou o Seu hálito em nossas narinas deixando dentro de nós a Sua centelha.
Este corpo que Ele nos deu, forjado em milhões de anos de evolução, criou dentro dele um monstro energético chamado de Behemoth, como podemos ler no livro de Jó, 40:15 – Contemplas agora o Behemoth, que eu fiz contigo, que come a erva como o boi.
Se formos investigar agora o nosso corpo, com microscópio, raios-x, tomografia, ressonância magnética, ou por qualquer outra técnica, não vamos encontrar esse monstro dentro de nós. Mas, se vamos observar o nosso comportamento, veremos surgir nele as reações do Behemoth na forma de um monstro de 7 cabeças, classificados como pecados capitais. Marcos descreveu esses comportamentos em seu livro no Novo Testamento, 7:21-23 – Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro.
Dessa forma, nossa alma possui a centelha divina deixada pelo Criador e o nosso corpo possui o monstro energético, instintivo, também criado pelo Pai. Nossa alma imortal, mas ignorante, deve gerenciar o nosso corpo mortal, mas este é cheio de energia primitiva, do egoísmo de querer tudo de melhor para si, sem se importar com os interesses do próximo. Por esse motivo, caminhando de erro em erro nos perdemos nas trevas da ignorância, sofrendo no corpo e na alma as consequências dos nossos pecados.
O Pai vendo que não iríamos sair sozinhos de tamanho labirinto do Mal que criamos ao nosso redor, enviou Jesus para nos ensinar o Caminho da Verdade em direção à Vida eterna ao lado do Pai. O próprio Jesus explicou isso e foi registrado em um dos livros do Novo Testamento por João, 14:6 – Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.
A missão de Jesus para fazer a vontade do Pai era simplesmente esta: ensinar sobre nossa paternidade universal, que todos somos irmãos uns dos outros e que devemos agir com fraternidade, amando e perdoando. Ele ensinava com a palavra e com as ações, curando doenças e expulsando demônios, como foi registrado por Lucas, 8:1-2 – E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o Evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele, e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios.
Apesar de todo o esforço do Cristo para nos ensinar como agir, permanecemos hipnotizados pelo poder do Behemoth dentro de nós, praticando o egoísmo ao invés do altruísmo, da caridade. O próprio Apóstolo Paulo confessa essa fraqueza no livro que escreveu, Romanos 7:18-21 – Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realiza-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim, encontro esta lei que atua em mim: quando quero fazer o bem, o mal está junto de mim. Mas não devemos desesperar, o mal não prevalece. O próprio Paulo volta a dizer no texto de Gálatas, 2:20 – Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
Esta é a nossa realidade atual. Apesar das lições do Cristo ainda vivemos mergulhados no pecado, por isso o mal prevalece no mundo. As mentiras prevalecem ao nosso redor, nas escolas, nos meios de comunicações, nos tribunais, nas câmaras legislativas, até nos templos eclesiásticos. O Caminho ensinado pelo Cristo de seguir a Verdade, muitos não podem ver, pois estão hipnotizados pelas telas das televisões que mantem dia-a-dia na nossa mente as falsas narrativas; outros não querem a verdade, pois estão obtendo os lucros das iniquidades; alguns como o apóstolo Paulo na sua primeira fase, querem seguir a Verdade mais continuam seguindo a mentira, fazendo o mal que não querem praticar. Enquanto isso o Mal (ignorância) continua na disseminação dos pecados, causando a destruição ao nosso redor e também dentro de nós, no corpo e na alma. Essa destruição se reflete em nosso corpo na forma dos diversos tipos de doenças tendo a Depressão, a doença da alma, como a que mais cresce nos dias atuais, sendo considerada a “Doença do Século”. Afasta a pessoa do trabalho, da família, dos amigos e até de si mesmo, com os pensamentos de destruição do corpo. Não observamos nenhum sinal de doença quando investigamos o cérebro, não há tumores, acidentes vasculares (AVC), destruição de neurônios (demências, drogas). O que podemos observar são alterações no funcionamento dos neurotransmissores, as pequenas substâncias que não podemos ver por nenhum aparelho e que tentamos corrigir suas faltas ou excessos com os medicamentos psicotrópicos. Também usamos as psicoterapias para corrigir a forma errada de pensar e procurando colocar na consciência o valor da Verdade. Quando nada disso funciona e a pessoa corre risco de destruir o seu corpo, se torna preciso fazer a internação psiquiátrica, aumentar e ajustar os psicofármacos e até fazer a eletroconvulsoterapia (ECT), se necessário.
Por tudo isto, estamos aqui constatando esta Verdade, que nosso planeta é um tipo de hospital-escola onde todos curam com sofrimento as doenças, originadas dos erros, consequência das causas dos comportamentos desviados do Bem; também temos a oportunidade de aprender como corrigir o Caminho desviado. Para fazer tudo isso é importantíssimo o conhecimento trazido por Jesus.
