Pai, a minha fé está fortalecida, não tenho mais dúvidas de que sou o teu filho, que me amas, que todos são meus irmãos aos quais devo amar como se fosse a mim mesmo, pois esta e a Tua vontade. Sinto que faço parte da família universal, da qual Jesus ensinou e que assim construiríamos o Teu Reino.
Ontem visitei a casa de uma amiga que está adoentada. Fui na companhia de mais três pessoas, todas que fazem parte do nosso grupo de estudos espirituais, uma delas que foi minha companheira íntima no passado.
Ficamos em número de seis pessoas, contando conosco, os visitantes, e a nossa amiga e o seu marido. A conversa girou principalmente nos problemas de saúde que nos afligem agora como pessoas pertencentes à terceira idade. Conversamos também sobre o momento político que vive o Brasil, e tínhamos majoritariamente a percepção que estamos envolvidos pelas trevas da ignorância, que tomou o poder com iniquidades e que tenta administrar o país com ânsia de vingança. Vez por outra o conteúdo espiritual entrava no foco da conversa e num desses momentos foi dada a sugestão de fazermos o Evangelho no Lar antes de nos despedir que foi aceito por unanimidade. Dentro da minha perspectiva da família universal onde todos estamos incluídos por desejar fazer a Sua vontade, Pai, observei que tinha uma moça trabalhando na cozinha e lembrei da passagem do Evangelho onde Marta reclama a Jesus de Maria que a deixou só no trabalho doméstico para ficar ouvindo o Mestre. Fui ousado e perguntei a minha anfitriã se a moça podia participar conosco do momento do Evangelho no Lar, ela acatou a sugestão e disse que iria perguntar se ela queria vir. Ela foi em direção à cozinha com esse objetivo, voltou e não comentou nada e ficamos apenas nós seis para fazer a atividade espiritual. Procurei ser delicado e não perguntar o que aconteceu, pois percebi que a minha amiga está apresentando dificuldades com a memoria e essa tarefa pode ter caído no esquecimento.
Colocamos seis copos com agua no centro da roda que formamos e após um preâmbulo dito por nosso líder espiritual do momento, foi lido um trecho do Evangelho que fala das Tarefas Difíceis. Depois da leitura o líder fez uma pequena prece coerente com o momento que estávamos vivenciando, seguido pelos demais companheiros presentes, de acordo com suas motivações. Senti a motivação de fazer a minha prece agradecendo ao senhor, nosso Pai, pela oportunidade de nos ter enviado o Seu filho mais evoluído espiritualmente, Jesus Cristo, para nos ensinar sobre o Caminho da Verdade em busca da Vida eterna no Teu aconchego. Pedi também forças para todos nós encontrar este caminho da Verdade, sairmos das armadilhas das trevas que tentam nos escravizar com falsas narrativas e levar a luz que o Cristo nos ensinou a acender a todos os lugares onde formos, em caridade aos irmãos que estão aprisionados, fazendo ao próximo aquilo que desejamos ser feito a nós.
Terminamos a reunião, Pai, e sinto que fiz o que era necessário dentro de minhas possibilidades para confirmar minha cidadania no Teu Reino. Eu poderia ter sido mais enfático na minha prece para ser mais efetivo em diluir as trevas de quem estava me ouvindo, considero isso agora, mas entendo que isso é uma falha da minha inteligência que não é tão rápida como eu desejo que seja. Que achas?
Sim filho, concordo contigo no que aconteceu durante a reunião. Mas quero ressaltar um ponto que aconteceu fora da reunião e que você não comentou. Você foi dar carona a sua amiga íntima e pela qual ainda tem desejos libidinosos até o seu apartamento onde ela mora sozinha e você poderia ter subido com ela e ter oportunidade de atender os seus desejos. Por que não fez?
Sim, Pai, é verdade dos meus desejos de intimidade sexual com minha antiga parceira. Algumas vezes já deixei alguma insinuação e que ela não correspondeu. Não sei se devido à frustração que ela sofreu e que motivou nossa separação das intimidades. Sei que algum bloqueio existe e não tenho intensão de afrontar a sua vontade em algo que não seja bom para ela. Este foi o motivo maior de não ter sugerido para subir ao apartamento dela para conversarmos, como conversamos dentro do carro no estacionamento, ou mesmo ter convidado ela para ir almoçar comigo. Talvez o meu erro maior tenha sido este, de não ter feito esse convite para almoçarmos juntos e ter comentado algumas questões, inclusive da influencia das trevas no seu modo de pensar. Foi isso o que aconteceu no meu íntimo.
Sim, filho, concordo com suas observações, e dentro dos Meus limites para que não altere a liberdade e qualidade do seu livre arbítrio, irei ver como Posso auxilia-lo em atender o que sempre Me pedes. Que tenhas um bom mês de aniversario, continuando sua evolução em Minha direção.