ASPECTOS MARCANTES SOBRE A GUERRA DE NOVA GERAÇÃO
– Suas operações de apoio são impulsionadas pela noção de obter vantagens assimétricas para permitir a consecução de objetivos políticos.
– Entender e empregar os princípios das assimetrias reversa e estratégica corretamente permite explorar os pontos fracos do inimigo, e empregar um conjunto de habilidades (estratégicas) para anular as vantagens do inimigo num conflito armado.
– O conceito clássico de Guerra Assimétrica pode ser sintetizado como “todo e qualquer tipo de conflito bélico em que, pelo menos em algum momento, a superioridade militar e, particularmente, tecnológica de um dos contendores resta evidente no campo de batalha”.
– Guerra Assimétrica Reversa é “todo e qualquer tipo de conflito bélico em que, pelo menos em algum momento, existe a efetiva limitação ou, em termos mais precisos, autolimitação do emprego da evidente superioridade militar e, particularmente, tecnológica no campo de batalha”.
– Assimetria Estratégica: “em questões militares e de segurança nacional, a assimetria estratégica significa agir, organizar e pensar diferentemente do adversário para maximizar os esforços relativos, aproveitando suas fraquezas, e adquirir maior liberdade de ação” (Steven Metz).
– Não há distinção entre o que é o que não é o campo de batalha, uma vez que ele é omnidirecional.
– As ações podem ser diversas. Violentas ou não-violentas.
– Ênfase na sincronia das operações de combate e na Integração e articulação das diversas ferramentas do Poder Nacional.
– Combinação dos níveis de conflito do tático ao estratégico, e vários campos de batalha, simultaneamente.
– Excelência nas atividades de guerra em rede, de inteligência artificial, segurança cibernética, e espionagem eletrônica.
– É preciso a integração das diversas ferramentas do Poder Nacional e dos grupos não estatais em benefício da defesa dos interesses nacionais do país; a articulação de vários campos de ação, elegendo os melhores instrumentos ou medidas, militares ou não, para executar as operações; e a combinação de todos os níveis de conflito do tático ao estratégico, forçando o oponente a confrontar vários campos de batalha, simultaneamente.
– O centro de gravidade da ação deve estar voltado a desestabilizar o governante, desacreditar autoridades, e em criar o caos na sociedade, sucedendo-se a crise política.
– Judicioso emprego da força militar. Uma vez que a crise tenha evoluído suficientemente, as forças militares convencionais podem ser empregadas, mas somente o necessário para garantir a autoridade do novo status quo. Ao empregar forças militares deve-se levar em consideração o “Equilíbrio Estratégico” e o “Equilíbrio de Crise”.
– Ações do tipo standoff – fogo indireto e/ou de precisão em profundidade a partir de várias plataformas, para utilizar de capacidades de antiacesso e negação de área. (Uma estratégia com alta tecnologia da guerra assimétrica).
– Eventual emprego de capacidades de antiacesso e negação de área, valendo-se de sofisticados meios aéreos, navais e de defesa antimísseis, apoiados por operações de informação, atividades cibernéticas e de guerra eletrônica, a fim de restringir o ingresso de forças oponentes no teatro de operações. (A Rússia alterou o equilíbrio de segurança no Mar Negro, Mediterrâneo Oriental e Oriente Médio através da criação de grandes zonas de exclusão antiacesso / negação de área. A projeção de poder da Rússia nessas regiões foi alargada pela implantação do sistema de defesa aérea S-400 na Criméia em agosto de 2012 e na Síria em novembro de 2015).