Meu Diário
29/10/2023 00h01
ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – 06 EVANGELHO ETERNO

            Segundo o pensamento de Bernardo Küster (Uma estratégia revolucionária publicada há 40 anos), publicado pelo Youtube em 16-10-23, e que transcrevo de forma resumida para se tornar mais objetiva com meus cortes e minhas considerações quando sinto a necessidade.



            É preciso entender um elemento importante da ideia do Joaquim de Fiore que vai se conectar com tudo. Um negócio chamado Evangelium etern, o Evangelho Eterno. Esse é um negócio seríssimo, pois segundo Joaquim de Fiore, os Evangelhos que nós conhecemos, Marcos, Mateus, Lucas e João, eles são temporais, são históricos e não são eternos, não são palavras para sempre.



            Parece mais uma leitura em Apocalipse 146 diz: “E viu outro anjo voando pelo Céu e tinha o Evangelho Eterno para pregar aos habitantes de toda nação, tribo, língua e povo. Daqui que ele tirou a concepção do Evangelho Eterno.



            Haveria um sentido espiritual que estaria ainda escondido por debaixo das palavras do Evangelho, um Evangelho oculto. Dizia ainda que estaria por ser conhecido, mesmo que ele não negasse a autoridade, a importância, a inspiração dos quatro Evangelhos canônicos que estão aqui. Mas ele dizia que tinha um Evangelho ainda maior, uma coisa mais sublime, mais espiritual, melhor, que deveria ser revelada ainda que, como ele dizia, “a mensagem permanente espiritual do Evangelho de Cristo escondida sobre a letra”.



            Então, sob o sentido da letrados Evangelhos existiria ainda um Evangelho substancial, e a pregação desse Evangelho começaria a dar a luz a uma igreja espiritual que ele fala da idade do Espírito da Era do Espírito não seria separada do papado nem nada, só que ela seria completamente purificada e quase autônoma. O papado hierarquia seria quase desnecessário. Se a igreja católica e os seus sacramentos como foram concebidos por Cristo, são relativos, se eles são temporais e eles não vão perdurar para sempre até o fim dos tempos, e se os Evangelhos que nós conhecemos e a verdade do Evangelho não tem um sentido real e eterno para como diz a Igreja, para todos em todos os lugares, se os Evangelhos não têm este sentido, eles seriam superados por uma nova Revelação.



            Assim como o Antigo testamento foi substanciado por um novo, o novo também seria transformado e superado pelo mais novo testamento do espírito. Isso tem uma consequência gravíssima que talvez o Joaquim de Fiore não tenha intencionado, não tenha revisto, não tenha querido essa coisa. É a ideia que a partir dali tomou conta até hoje de que a verdade não é absoluta. Se a Igreja não é para sempre, se os sacramentos não são para sempre, se nem os Evangelhos são para sempre, são apenas temporais, coisas que vão ser superadas, a verdade não é absoluta. A verdade é válida na sua época, como dizia o dito latino: “O bom é necessário em seu tempo”. Se os tempos mudarem a verdade vai acompanhar também. Quando chegar a Era do Espírito Santo nós vamos aqui para uma nova verdade mais exaltada, mais perfeita. Ou seja, a verdade se modifica com a situação.



            Joaquim de Fiore pregava, ou pelo menos as consequências das suas ideias levavam a acreditar que a verdade se modifica com a situação do momento. Havia uma verdade que era superior a da Igreja, que era a verdade do Espírito; haveria uma verdade superior a do Filho, que era a verdade do Espírito; haveria uma igreja melhor que a igreja de Cristo, a Igreja Espiritual. Por isso a igreja é relativa, era apenas como diziam os latinos, entre o Pai e o Espírito, a Igreja estava ali no meio, mas teve o Pai, muito bom, obrigado; teve o Filho, ótimo, lindo esse tempo, mas agora Filho Cristo, com licença, vem aqui o reino do Espírito Santo.



Publicado por Sióstio de Lapa em 29/10/2023 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr