Meu Diário
04/11/2023 00h01
ESTRATÉGIA REVOLUCIONÁRIA – 09 – HEREGE OBEDIENTE

            Segundo o pensamento de Bernardo Küster (Uma estratégia revolucionária publicada há 40 anos), publicado pelo Youtube em 16-10-23, e que transcrevo de forma resumida para se tornar mais objetiva com meus cortes e minhas considerações quando sinto a necessidade.



            Apesar das ideias mais famosas de Joaquim de Fiore terem sido condenadas, ele nunca se apartou da Igreja. Inclusive. No final da sua condenação pelo quarto Concílio de Latrão, veja o que a Igreja disse: “Condenamos as ideias de Joaquim de Fiore sobre o Espírito Santo... Se alguém se atrever a defender ou aprovar a opinião ou a doutrina do citado Joaquim sobre este assunto da Trindade, seja considerado por todos como herege. Nós não pretendemos, todavia, com isto derrogar nada ao mosteiro de Fiore, ou seja, não queremos acabar com o Mosteiro do qual o mesmo Joaquim foi o fundador, porque aí a formação é conforme a regra, a observância salutar, tanto eu o mesmo Joaquim”. Quer dizer, se a pessoa defende a ideia que está sendo condenada, a pessoa é um herege.



            Foi o próprio Joaquim que mandou todos os seus escritos para a Sé Católica com o objetivo de serem avaliados quanto a heresia. Ele reconhecia a autoridade da Sé Apostólica. Acompanhou os seus escritos com uma carta por ele ditada e assinada na qual com firmeza declara sustentar a fé na Igreja de Roma que pela vontade de Deus é mãe e mestra de todos os fiéis.



            Ele se submetia à Igreja, acreditava na fé católica e disse a famosa frase de todo o teólogo no fim da vida: “Se eu escrevi alguma besteira, por favor apague”.



            Este é o grande pano de fundo no qual vamos trabalhar. Vamos guardar aquela frase, “que uma das consequências principais das ideias de Joaquim de Fiore era de que a Verdade seria relativa, a Verdade deveria adaptar-se à situação do momento”.



            Essa é uma das essências, um dos centros de um outro movimento, esse sim, herético mesmo, condenado pela Igreja, que teria início ali uns 600 anos depois de Joaquim de Fiore, por volta do século XIX, que é chamado o Modernismo. Um dos temas principais do assunto hoje, que é um movimento que certamente recebeu influências dessas ideias de evolução, de progressismo, de história, de adaptação da Verdade, etc. produzidas pelo Joaquim de Fiore.



            Para compreender o que de fato é o Modernismo, não existe documento melhor do que a famosa Encíclica Pascendi Dominici Gregis publicada pelo Papa São Pio X em 08-09-1907. Ele explicita com toda a clareza do mundo o que é o Modernismo. É um documento essencial que todo católico conheça. Ainda estamos nadando naquelas águas hoje. Nessa Encíclica o Santo Papa Pio X explica primeiro o que é o Sistema Modernista, quais são os seus variados tipos, o filósofo, o fiel, o teólogo, o historiador modernista, o crítico bíblico modernista, o apologista modernista e o reformador modernista que diz muito a respeito do que estamos vivendo hoje.



            Ele critica o sistema todo e propões os remédios, depois de explicar as causas. Os remédios são duríssimos. Proibir todos os livros modernista, instaurar uma comissão em toda a diocese para verificar se tem modernismo, demitir professores, reitores de seminários, chefes de congregação, todo mundo que é líder na Igreja e que tenha a ver com o Modernismo, ou que tenha até cheiro de modernismo, vai tudo mandado embora. O seminarista que tiver inclinação Modernista também está fora. Não só era impedido a publicação, mas impedir a leitura do livro modernista. Uma operação de trator para tudo isso, para reduzir os efeitos do modernismo.



Publicado por Sióstio de Lapa em 04/11/2023 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr