Meu Diário
27/11/2023 00h01
CORREIO FRATERNO

            Estou construindo este texto com base no texto do mesmo nome publicado no livro “Pontos e Contos” pelo Espírito Irmão X, psicografado por Chico Xavier.



            Faz referência às comunicações que existem no mundo material e de cá para o mundo espiritual, e vice-versa.



            O texto do Irmão X se refere a uma pessoa que, em vernáculo (linguagem correta) precioso, diz que a crença nos Espíritos desencarnados é característico de miséria intelectual. Logo fiz comparação com os Modernista que fazem crítica parecida ao Cristianismo, criticando a divindade do Mestre Jesus.



            Portanto irei adaptar meus pensamentos as palavras do douto Irmão X.



            No pedestal da Ciência e da História, os Modernistas antigos e contemporâneos, criticam o Cristianismo como uma exploração de baixa estirpe, alimentada por uma chusma de idiotas, nos quais o sofrimento ou a ignorância galvanizaram o complexo da fé inconsciente.



            Com a maior sem-cerimônia deste mundo, os modernistas/comunistas asseveram que a convicção transcendental dos cristãos, surgidas com o carpinteiro da Galiléia há dois mil anos, não tem correspondência com o pensamento aristocrático da História, da Antiguidade. Se tivesse correspondência, o Cristo estaria inserido na História e seria correto a aceitação dos seus ensinamentos, que todos temos um Pai comum, criador de tudo, e nós como seus filhos devemos nos amar uns aos outros como a nós mesmos.



            Por isso, é importante lembrar aos materialistas históricos que a verdadeira História confirma o transcendental.



            Observemos a história do Egito, onde há milênios a nobreza faraônica admitia, sem restrições, a sobrevivência dos mortos, que seriam julgados por um tribunal presidido por Osíris, dentro do mais elevado padrão de justiça.



            Os grandes condutores hindus, há muitos séculos, chegavam a dividir o Céu em diversos andares e o Inferno em vários departamentos, segundo as leis de Manu.



            Os chineses, não menos atentos para com a suprema questão, declaravam que os mortos eram recebidos, além do túmulo, nos lugares agradáveis ou atormentados que haviam feito por merecer.



            Os romanos viviam em torno dos oráculos e dos feiticeiros, consultando as vozes daqueles que haviam atravessado o leito escuro do rio da morte.



            Narra Suetônio que o assassínio de Júlio César foi revelado em sonhos.



            Nero, Calígula e Cômodo eram obsidiados célebres, perseguidos por fantasmas.



            Marco Aurélio sente-se inspirado por entidades superiores, legando suas reflexões à posteridade.



            Na Grécia, os gênios da Filosofia e da Ciência formulam perguntas aos mortos, no recinto dos santuários.



            Tales ensina que o mundo é povoado por anjos e demônios.



            Sócrates era acompanhado de perto por um Espírito-guia, a ditar-lhe conselhos pertinentes à missão que lhe cabia desempenhar.



            Na Pérsia, o zoroastrismo acende a crença na lei de retribuição, depois do sepulcro, sob a liderança de Ormuzd e Arimã, os doadores do bem e do mal.



            Em todos os círculos da cultura antiga e moderna, sentimos o sulco marcante da Espiritualidade na evolução terrestre.



            Acima de todas as referências, porém, invocamos o Evangelho, o Novo Testamento, o manancial da espiritualidade divina.



            O nascimento de Jesus é anunciado por vias mediúnicas, não só à pureza de Maria, mas à preocupação de José e à esperança de Isabel, Ana e Simeão.



            Em todos os ângulos da passagem do Mestre, há fenômenos de transubstanciação da matéria, de clariaudiência, de clarividência, de materialização, de cura, de incorporação, de levitação e de glória espiritual.



            Em Caná, transforma-se a água em vinho; junto à corrente do Jordão, fazem-se ouvir as vozes diretas do Céu; no Tabor, corporificam-se Espíritos sublimados; em lugares diversos, entidades das trevas apossam-se de médiuns infelizes, entrando em contato com o Senhor; no lago, Cristo caminha sobre a massa líquida e, depois do Calvário, surge o Amigo celeste, diante dos companheiros tomados de assombro, demonstrando a ressurreição individual, além da morte.



            Tudo isso é realidade histórica, insofismável, mas, para os modernistas, tudo deve ser anulado e passar a crer agora somente no que vem do inconsciente, incognoscível.



            Não serei eu, acadêmico encarnado, ou o Irmão X, autor desencarnado, que seremos capazes de vencer essas forças inconscientes, incognoscíveis, dos irmãos materialistas/comunistas, pois eles já formaram a sua fé inabalável, mesmo que ela distorça a História como ela se apresenta.



Publicado por Sióstio de Lapa em 27/11/2023 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr