Fui testemunha hoje do esgarçamento de uma família devido a posição política diferente do marido e da esposa, deixando um filho menor, de 12 anos, portador de TDAH e medicado com psicofármacos, no meio da contenda.
A esposa acusa o marido de defender um ladrão que está na presidência da República, que ele está cego e não ver as atrocidades que esse presidente e seus comparsas estão fazendo no país. Diz que ela também defendia essas pessoas, mas quando percebeu que estava errada, pois viu que essas pessoas tinham princípios diferentes dos dela, logo ela corrigiu o seu pensamento e passou a votar do outro lado.
Observei que ela disse algo muito interessante, que não estava focada no atual presidente, pois este era um pobre coitado, ignorante, que estava sendo utilizado plenamente pelo poder maligno das trevas.
Aproveitei essa opinião para intervir nas colocações, tentando levar a harmonização do casal, apesar da forte divergência que estava gerando profundo conflito com potencial de destruir a estrutura do casamento.
Elogiei a perspectiva racional que ela apresentava ao diagnosticar com precisão o centro do problema, que não era um indivíduo em particular o nosso principal adversário, mesmo que fosse um presidente cheio de atitudes nocivas e de iniquidades no exercício do cargo. O foco central onde deveríamos colocar nossa atenção, seria no poder das trevas em hipnotizar e cooptar nossos irmãos para eles fazerem o que elas, as trevas, têm interesse. O irmão que se torna hipnotizado ou cooptado, se afasta do Caminho da Verdade que leva a Vida eterna na proximidade com Deus, conforme o Cristo ensinou.
Com esta visão espiritual esclarecida, o primeiro passo é compreender o irmão que está contaminado pelas trevas, quer seja o Presidente da República, quer seja o marido ou esposa em cada lar. Essas pessoas não percebem que estão dando respaldo às forças trevosas, que mesmo que tenham algum benefício de imediato, a longo ou médio prazo um prejuízo maior se abate sobre um número bem maior de pessoas, onde o próprio cooptado pode estar envolvido. Temos que entender o nosso parente cooptado ou hipnotizado como uma pessoa doente, um tipo de vírus espiritual que invadiu a mente e que necessita de muita compaixão de nossa parte para ele ser retirado.
Devemos ter muita sabedoria para separar o pecador do pecado. Este não pode ser tolerado, sim combatido; o segundo, o pecador, ele é nosso irmão que se encontra doente e que precisa de nossa ajuda para recuperar a saúde mental e espiritual.
Ao terminar minhas considerações, notei que o emocional ainda estava fervendo, apesar da mente ter entrado em reflexão. Espero que minhas palavras sirvam para a esposa, que está com o pensamento correto, sintonizado nas lições do Cristo, consiga manter o silêncio quando necessário, não concordar nem acompanhar o comportamento do marido quando ele se mostrar na sintonia do mal, explicando com delicadeza e educação, o tipo de mal que ele está revelando e que ela não pode compactuar com isso, mesmo que tenha amor por ele e não queira destruir o casamento.
Afinal, percebo que aí está um quadro que exemplifica uma das lições do Cristo, que Ele não veio ensinar entre nós para trazer uma paz ociosa, passiva, e si trazer a espada para combater o mal, mesmo que seja dentro de casa com a própria família.