Pai, tenho dificuldade de dizer isto, mas como prova de minha honestidade, revelando aquilo que o Senhor já sabe, é que hoje venho Te confessar. Venho denunciar a minha falta de coragem, de determinação de fazer a Tua vontade, seguindo o caminho que apontas para mim, que sei que é o mais conveniente dentro das atuais circunstâncias. Mas não consigo enfrentar minhas fragilidades, de fazer o enfrentamento comigo mesmo, da preguiça, da falta de fé, de certa ingratidão, do tanto que eu recebi e do pouco que devolvo como forma de fazer a tua vontade. Sei que a Tua vontade é realizada aqui no mundo material pelos teus filhos racionais que querem fazer a tua vontade. Se eu me considero enquadrado neste perfil e não faço a Tua vontade, significa que eu não Te deixo manifestar onde é necessário, no locus de minha influência. Quando venho agora, Pai, perto de Ti, confessar isso que sinto, é uma forma de mostrar minha incapacidade atual. Mas também sinto que minhas intenções continuam as mesmas, de conseguir em algum momento fazer aquilo que sinto ser de minha responsabilidade frente a Ti. Não quero chorar agora devido a isso, pois sei que há motivos, mas, por outro lado, sinto que se essas lágrimas caírem serão provas de cinismo, fazendo promessas de um futuro que tenho capacidade de realizar no presente, mas que decido postergar. Por isso Pai, sinto que a vergonha é o manto que cobre minha fraqueza volitiva, minha preguiça ancestral. Mas não quero me sentir derrotado, mesmo aparentando isso. Quero entender que esta é uma batalha pessoal que perdi, na minha guerra espiritual individual. Mas não abandono o campo de batalha. Agora mesmo estou fazendo esta confissão vergonhosa como forma de apresentar os meus pecados frente à Tua imensa sabedoria. Mostro o arrependimento frente os pecados cometidos e que estou disposto a pagar a penitência que eu merecer.
Sim, filho, confirmo que a tua confissão representa a verdade dos fatos e isso me torna mais satisfeito contigo, apesar da fraqueza motivacional para realizar aquilo que sabes ser necessário e que tens competência para fazer. Aceito a tua confissão como forma de limpar o teu espírito da mancha dos pecados, mas terás que pagar um preço, uma penitência, pois sabes que nada se consegue de forma gratuita, mas que devemos realizar alguma ação como forma de penitência. Irei te dar uma penitência de forma produtiva, que seja útil para a tua evolução, fazendo aquilo que estás pronto para ser realizado e que já encontro quando sondo a tua consciência, o teu coração, e vejo que isso é uma promessa para ser realizada. Você deve fazer dentro dos 10 primeiros dias deste mês, a organização do livro que está nos seus projetos, usando as folhas deste diário, desde o primeiro dia que você o iniciou até o centésimo dia, correspondendo a 10 folhas por dia. Este é o prazo fechado que estou dando a ti, mas sei das tuas dificuldades, e por isso te darei uma dilatação deste prazo até o final do mês. Então, tu terás oportunidade de pagar os teus pecados com honra, no primeiro caso ou, no segundo caso, pagar com justiça o débito que contraístes.
Sim, Pai, procurarei cumprir a ordem que me é cobrada.