A Guerra Espiritual milenar que se estende dos Céus à Terra apresenta diversas facetas em cada era, milênio, século ou década. Tudo inicia com a revolução que Lúcifer provoca contra a hierarquia de Deus, a reação do Arcanjo Miguel, a queda dos revolucionários, a criação do homem e mulher como semelhança de Deus, a sedução do Demônio sobre Eva depositando nela sua semente gerando Caim, gêmeo e avesso de Abel, gerando a humanidade. A humanidade assim formada se tornou o campo de batalha onde a Guerra continua até hoje. Agora não mais diretamente contra Deus, mas contra as almas de Suas criaturas.
Os anjos caídos, sob a liderança de Lúcifer, tentam destruir a humanidade usando principalmente a descendência do sêmen maligno (Caim) que se apresenta entre nós, muitas vezes, na forma pura da psicopatia. Estes contrastam com a descendência do Senhor (Abel), que se apresenta algumas vezes na forma pura dos santos.
Observamos que este é o núcleo dessa Guerra e que as condições em que as batalhas acontecem são bastante variadas. Quando os psicopatas assumem o poder, cometem verdadeiros genocídios sem respeitar a ordem ou mesmo a existência de Deus, e os santos mostram verdadeiros atos de heroísmo, respeitando e procurando cumprir a vontade do Criador, na proteção dos irmãos ameaçados.
Deus, observando a presença constante dos demônios dentro da Sua criação humana que se renova a cada geração, resolveu fazer um pacto com as pessoas de Sua descendência para que o pecado não se alastrasse com tanta facilidade e ceifasse tantas almas que não conseguiam encontrar o Caminho da salvação.
Iniciou um pacto com Abrão, da terra de Ur na Caldéia e do qual foram geradas as principais religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo) como descendências dos seus dois filhos, Ismael e Isaque.
A Guerra continuou se desenvolvendo através das personalidades que iam surgindo de um lado e do outro das descendências, divina e maligna. Estas podem ser identificadas conforme os frutos bons ou maus que produzem dentro da humanidade.
Chegamos hoje ao século XXI com batalhas que se modernizam, mas sempre com o mesmo princípio: revolução contra Deus e contra a humanidade criada por Ele. As personalidades surgem a cada geração de um lado e do outro, procurando conduzir por liderança as massas que na maioria são ignorantes, até mesmo do que sucede no mundo criado pelo Pai, que geralmente não sabem que Ele existe.
Temos a formação de dois exércitos, um liderado pelo Cristo que criou a ideologia do Cristianismo com a proposta da universalização e a construção do Reino de Deus, com base no amor e na verdade; o exército opositor, sempre com base no ódio e na mentira, assumiu atualmente os princípios do Modernismo tendo a personalidade marcante de Marx que originou a ideologia do Marxismo com os ramos políticos do Socialismo e Comunismo. Esta é a estratégia que o Demônio encontra para se recuperar da derrota imposta por Jesus na amplidão do deserto e no alto da cruz.
O Marxismo continua a usar a estratégia da mentira com falsas narrativas, envolvendo a ciência e até os conceitos próprios do Cristianismo como Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Com isso ele levanta as massas ignorantes, geralmente sob o comando da descendência de Caim, para assumir o poder dentro das comunidades humanas, promover genocídios, escravidão e construir um poderio bélico para se manter no poder pelo autoritarismo suportado pelas iniquidades.
O Cristianismo organizado originalmente na forma de Igreja Católica (universal) baseada em Roma, sofre influência perversa do maligno desde o seu nascedouro com a traição de Judas Iscariotes. Esta influencia hoje está mais forte e organizada, pois através do Modernismo se infiltrou dentro da própria Igreja com uma nova forma de entender e ensinar uma Teologia de Libertacao. Dessa forma, deixa Cristo e seus ensinamentos sobre o Reino de Deus à parte, e focando nas necessidades dos pobres incitando que esses se levantem de forma revolucionária, com foices, martelos e demais armas que tenham nas mãos. Assim, o povo hipnotizado pelo ódio e com a sugestão das falsas narrativas, partem para a destruição do que encontram pela frente, para a construção de um reino dos fortes, real, imediato.
Este é o atual campo de batalha onde o inimigo de nossas almas se espalha dentro da humanidade com diversas máscaras distorcidas, como globalismo, ecologia, sindicatos, repartições, instituições, ONGs e demais movimentos que alimentam o clima de hostilidade contra as pessoas além e o furor revolucionário entre eles.
Por outro lado, o Cristianismo também se espalha em novos formatos, como igrejas protestantes, evangélicas, centros espíritas, terreiros de umbanda e tantas outras denominações que respeitam o Cristo e procuram praticar os seus ensinamentos quanto a nossa paternidade divina e que o Pai deseja que todos seus filhos se amem mutuamente, formando a família universal como base para o Reino de Deus.
Porém, enquanto os diversos comandos do maligno estão sintonizados entre si para a derrota do Cristianismo, nós cristãos, não conseguimos a devida aliança com nossos irmãos que querem fazer a vontade do Pai, para enfrentar devidamente os camaradas do outro lado que querem fazer a vontade do maligno.
O mal é ousado, prepotente e malvado, como é de sua natureza; o bem é tímido, tolerante, compassivo, misericordioso por natureza, mas também é justo como o amor exige e assim desperta a coragem dos santos contra a audácia dos psicopatas. Por que toleramos centenas de pessoas presas sem justo motivo? Ladroes e assassinos protegidos ou soltos quando estão presos? Por que toleramos o assassinato físico ou das reputações de pessoas honestas? O que sobra de psicopatas fazendo esses atos, falta de santos para se oporem em nome do Cristo e mostrar às massas onde está a Verdade, oculta por tantas falsas narrativas. E agora, com o medo da perda da liberdade física, pois a liberdade de expressão já está devidamente coibida, até mesmo aos parlamentares que têm esse direito constitucional.
A Igreja Católica está sendo massacrada, mesmo por aqueles que um dia ajudou a alcançar o poder, como acontece na Nicarágua. Chega a tal ponto que o próprio Papa, que representa oficialmente o Cristo entre nós, troca a lição que Ele deixou pela conduta dos revolucionários e procura fazer a coesão entre os inimigos da nossa fé cada vez mais forte.
Por isso, os cristãos que percebem a ofensiva do mal e querem permanecer ao lado do Cristo, são perseguidos em todos os ambientes, inclusive dentro da própria Igreja Católica.
Sou cristão, respeito a autoridade divina do Cristo e tenho fé no que Ele ensinou. Sou médico e trabalho na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e por entender a importância da espiritualidade em nossa vida material, estou envolvido nos estudos científicos trazidos pela Doutrina Espírita, que se comporta como o Cristianismo Redivivo. Coordeno na Universidade a disciplina opcional de Medicina, Saúde e Espiritualidade, e também o Projeto de Extensão Universitária “Foco de Luz”, com o objetivo de atuar na comunidade como um laboratório para a prática do Evangelho.
Como acadêmico universitário tenho a responsabilidade de procurar a Verdade onde quer que ela se encontre, e como podemos usa-la para a construção de uma Sociedade Ideal, fraterna e conectada com o Poder criador. Por isso estou engajado no Cristianismo, pois vejo nele o Caminho mais coerente para alcançar este objetivo e colaborar para construirmos um planeta capaz de regenerar nossas almas que foram contaminadas pelo mal, mas que podemos nos converter e voltar a casa do Criador, como fez o filho pródigo.