Olho à frente na jornada em que caminho
O horizonte é tão amplo, tão distante
Se não vejo no final a minha meta
Também não vejo para trás d’onde parti
Somente sinto no peito uma paixão
De andar pela vida, sempre à frente
Amando tudo que tenho ao meu lado
Sem sofrer do passado ou do porvir
Sei que tenho escalas à cumprir
Hoje já não sou o que ontem fui
E amanhã com certeza serei outro
Mais belo, mais forte e mais sábio
Nesta jornada só carrego uma tristeza
Que não consigo afogar em minhas lágrimas
Dos amores tão queridos que criei
E quebraram pelas pedras do caminho
Mas não podia a jornada não cumprir
E ficar só parado, a cuidar e remendar
Das fraquezas do amor recém-formado
Que tem medo de outro amor se acoplar
Assim avante na estrada sigo sempre
Formando amores que construo ao meu lado
Que sempre fracos não conseguem resistir
E deixo cacos de paixões sobre meus rastros
Peço a meu Deus, sempre em orações
Por favor, Pai, me ensina a competência
De criar amores, logo cedo resistentes
Ou leve as pernas e me deixe como as pedras.