Hoje é o dia que comemoramos o nascimento de Jesus de Nazaré, considerado o Bom Pastor, nos foi enviado pelo próprio Deus para que fôssemos conduzidos como ovelhas ao redil do Pai.
Como o Pai cuida de cada um de seus filhos, ovelhas desgarradas, perdidas nas trevas da ignorância, chega um momento que Ele acha necessário a providência de enviar um de Seus filhos mais instruídos para atuar como pastor dos demais.
A cada uma das ovelhas devidamente conduzidas ao redil, tem elas a oportunidade de captarem a vontade do Pai que não perde oportunidades de enviar a cada uma delas, em particular, as informações, instruções ou caminhos que cada uma pode seguir, segundo suas tendências, o grau de compreensão e capacidade de decisão.
Neste ponto é que me encontro, sintonizado com o Pai, com a tendência de fazer a Sua vontade, atento ao que acontece ao meu redor, procurando compreender onde está a Sua mensagem e orando, suplicando, para adquirir forças e assim cumprir a decisão de agir como Ele.
Foi neste ponto que conheci um autor da literatura patrística, Hermas, que escreveu um livro de revelações pela ação de duas figuras celestiais, a primeira uma anciã e a segunda um anjo na forma de pastor, que devido a ele escreve um livro inteiro com o título “Pastor de Hermas”.
Nesse disfarce, o anjo da penitência aparece sob o disfarce de um pastor, que patrocinará toda a missão penitencial, que é revitalizar o cristianismo, proclamando mandamentos e parábolas.
Os doze mandamentos representam um resumo da moralidade cristã, proclamando os preceitos aos quais a nova vida dos penitentes deveria se conformar:
1 – Da fé, temor ao Senhor e sobriedade;
2 – Da integralidade e inocência;
3 – Da veracidade;
4 – Da pureza e do comportamento apropriado no casamento e na viuvez;
5 – Da paciência e do controle do temperamento;
6 – De quem se deve acreditar e daquele que devemos rejeitar, respectivamente, o Anjo da Justiça e o Anjo da Iniquidade;
7 – Daquele a quem se deveria temer e não se deveria temer, Deus e o Diabo, respectivamente;
8 – Do que se precisa evitar e daquilo que se precisa fazer, o mal e o bem;
9 – Das dúvidas;
10 – Da tristeza e do pessimismo;
11 – Dos falsos profetas;
12 – Do fato de que se deve extirpar todo o mau desejo do coração e enchê-lo de bondade e alegria.
Como tenho o coração fraco e duvido da minha habilidade de cumprir a vontade de Deus, devo me esforçar em completa confiança ao Pai e perseverar na observância desses mandamentos.
Aceito a minha condição de servo de Deus, cidadão do Seu Reino, que vivo materialmente nesta terra distante da cidade em que irei habitar. Reconheço a inutilidade de acumular terras e tantos outros bens materiais, operações custosas e edificações inúteis que não posso levar para onde vou.
Aqui, devo amparar almas aflitas, não negligenciar os desamparados. Jejuar dentro da reforma íntima, moral, com estrita observância à lei de Deus, conforme Ele colocou em minha consciência