Esta página eu escrevo para ti
Oh, alma minha a quem chamo de irmã!
Pois fomos todos criados pelo Pai
Com a missão de no esforço O receber
Surgimos todos com grosseiras impurezas
Que somente no sofrer vamos purgar
E nas palavras de amor o Verbo faz
Com que a alma se dirija para cima
Mas não consigo sofrer dor sem murmurar
Não consigo deixar de lamentar
Como posso a ti aconselhar?
Se não posso a mim mesmo controlar?
Portanto, irmão, somos almas penitentes
Que sabemos da dor, o pagamento
Dos prazeres tão intensos, tão fugazes
Que nos deixam sofrimentos tão duráveis
Mas, que perverso que sou eu, tu é assim?
Ao lembrar dos prazeres que vivi
Logo esqueço da dor que estou vivendo
E quero, logo mais, a tudo reviver.