No Evangelho de Mateus (24:12) é registrado um trecho do que Jesus disse aos discípulos quando saía do templo: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará”.
Dentro da perspectiva da Guerra Espiritual, Jesus como nosso comandante estava explicando a estratégia de Satanás, o nosso adversário.
Para conseguir que nós cristãos, adormeçamos espiritualmente e perca a capacidade de integrar o exército do Cristo, Satanás procura afastarmos de Deus, fazendo com que nosso amor por Ele esfrie, soltando bombas de iniquidades.
Tive a comprovação desse fato assistindo ontem a uma live de um padre que foi excomungado. Era um padre que procurava seguir a verdade de acordo com as regras da Igreja Católica, da qual ele era um sacerdote. Porém, em entrevistas públicas deixava transparecer as críticas que fazia a alguns malfeitos que acontecia dentro da Igreja, inclusive por seus superiores. Então foi organizado um tribunal para o seu julgamento cheio de iniquidades que levou na sua excomunhão. Tanto é verdade que essas pessoas que organizaram este tribunal estavam cheias de iniquidades, que o próprio juiz que conduziu o julgamento logo depois foi preso pela polícia federal devido a desvio de recursos da Igreja.
Logo em seguida esse padre discorria sobre como se sentia no momento, uma pessoa que não acreditava em Deus da forma que a Igreja Católica ensina e que o cristianismo presta um desserviço à sociedade, trazendo mais malefícios que benefícios e por isso não se considera mais um cristão e não aconselha ninguém a seguir Cristo.
Percebi exatamente o que o Cristo disse naquele momento, naquela época e que Mateus registrou. As bombas de iniquidades espalhadas por todos os ambientes, até dentro das Igrejas, fizeram esfriar o amor de uma pessoa que já havia se consagrado ao sacerdócio, quanto mais de uma pessoa que não tem uma formação tão sólida.
Satanás sabe que se for bem-sucedido em levar-nos a priorizar outras coisas, materiais, como família, necessidades corporais, desejos, emprego, ele conquistará espaço em nossa vida. E esse espaço é a área que ele usará como base para avançar em seu ataque para derrotar Deus destruindo nossas almas, a criação divina.
No exemplo do padre excomungado através de iniquidades, o Cristo perdeu um aliado e Satanás cooptou mais uma pessoa para minar o exército do Cristo. Percebi que o padre não é uma pessoa má, que não usa a mentira como arma de ataque ou de vingança, mas está atacando frontalmente a natureza mística do nosso líder espiritual e consequentemente a estratégia divina que faz o combate ao maligno.
O amor por Deus deve ser a força motivadora de nossa vida. Tem que ser algo que nos consuma, fazendo com que tudo o mais fique em segundo plano. Não podemos servir a Deus com o coração dividido. Temos de amá-lo de todo o coração, alma e mente, com todas as forças. Temos de amar a Deus muito mais que a nós mesmos ou à nossa família.
Sei que ainda não estou neste nível de combatente ao lado de Cristo, este que demonstrou em todos os momentos como um filho obediente deve agir, até mesmo chorando e suando sangue na perspectiva do cálice de sofrimento que iria sorver, para cumprir a vontade do Pai.
O mundo que vivo está cheio de hedonistas. Os espíritos do egoísmo, da ganância, da lascívia e da cobiça estão à solta. Sei que não pratico tantas iniquidades quanto eu vejo ao redor, mas hoje mesmo estou planejando com a família um momento de lazer na praia. Não seria o momento de colocar a vontade de Deus em primeiro plano?
Falta em mim a sabedoria para conduzir essa reflexão e a coragem para a colocar em prática, se o resultado for contrário aos meus desejos materiais.