Meu Diário
15/01/2024 00h01
DIVISÃO NA IGREJA CATÓLICA 03 LIBERDADE E OBRIGAÇÃO

            Farei aqui, para a nossa reflexão, a transcrição do vídeo publicado pelo Frei Tiago de São José, em 09-12-23, com o título “Confusão e Divisão na Igreja: Prof. Roberto de Mattei e o Anarco-vacantismo. Farei algumas retiradas a meu critério, mas que não prejudique o conteúdo, inclusive colocando entre aspas algumas considerações dentro do texto que eu considere importante no papel que vou desempenhar como acadêmico universitário, em busca da Verdade e evitando e/ou denunciando as falsas narrativas. 03 – Liberdade e Obrigação.



            Em uma declaração datada de 09 de novembro, Monsenhor Viganò afirmou que o inimigo da Igreja age com coerência e premeditação ao realizar exatamente o oposto do que se espera do Vigário de Cristo, do sucessor do Príncipe dos Apóstolos. Ele exerce a sua autoridade de Papa contra a autoridade de Cristo. Como ele pode ser considerado o seu Vigário?



            Este é um argumento muito sólido, com todo o sentido. Como ele pode ser Papa, ou seja, Vigário de Cristo, aquele que está no lugar do Cristo, usando a autoridade de Cristo e ao mesmo tempo agindo contra aquilo que Cristo instituiu através dos seus Vigários no decorrer de 2000 anos de história.



            Em resumo, Monsenhor Viganò admite que Francisco ocupa materialmente o trono de São Pedro e por isso nega ser um sedevacantista. Mas ao mesmo tempo está convencido de que Bergoglio não é formalmente Papa porque carece dessa intenção de fazer o bem da Igreja que constitui a forma e a essência do papado.



            (...)



            A última declaração que foi feita no Concílio Vaticano II foi como um xeque-mate, perverso, anticatólico, pois declara que o ser humano é livre para escolher a sua religião. Então, se o ser humano é livre para escolher a sua religião, então Deus não revelou uma verdade. Se Ele revelou uma verdade, então não podemos dizer que o ser humano é livre. O ser humano é obrigado a acolher a verdade revelada por Deus. Ele é livre para ir contra Deus, isso é outra coisa. A pessoa pode fazer a opção: não quero deus, tudo bem, ele é livre de optar de ser contra Deus. Mas a Igreja dizer que você tem o direito de escolher a sua religião é a mesma coisa que dizer que existem boas religiões e que também conduzem à salvação, e que podem estar em oposição à Igreja Católica. Isso é um atestado de suicídio para o catolicismo e essa é a marca principal do Concílio Vaticano II que dá origem ao nascimento de uma nova igreja.



            Vejo certa incoerência nesse parágrafo, relacionado ao livre arbítrio que Deus nos concedeu. Portanto, estamos livres para decidir em qualquer instância que sejamos provocados, seja em aceitar ou não determinada religião, seja aceitar a própria existência do Pai, do Criador. No entanto, tem razão quando fala da Igreja Católica onde todos os integrantes aceitam a condição de que fora dela não há salvação. Se um membro da Igreja diz a uma pessoa que pode escolher qualquer religião, que é seu direito de livre arbítrio, sem advertir que fora da Igreja não há salvação, deixando entender que todas estão niveladas na mesma condição de alcançarem o Reino de Deus, então comete um sério erro, contra si, contra a Igreja e contra quem precisa da informação.



            Contra si, pois sabe que está dentro de uma Igreja que tem a missão de salvar exclusivamente àqueles que reconhecem a sua importância e ingressam dentro dela, e não entrega essa informação ao necessitado;



            Contra a Igreja, pois foi formada com esse objetivo, de salvar as almas por todo o mundo, daí o termo Católico associado ao seu título, e quem deve fazer isso é quem já estar dentro dela, usufruindo do direito de salvação da alma; e



            Contra o necessitado, pois não tem a devida informação de que é exclusivamente nesta Igreja Católica que ele vai encontrar a condição de salvar sua alma, vai exercer o seu livre arbítrio sem considerar o erro mortal que está cometendo.



Publicado por Sióstio de Lapa em 15/01/2024 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr