Ah!
O amor que me constrói a alma;
Ah!
A paixão que me corrompe a carne.
Como viver o meu amor
Sem experimentar uma paixão?
Se o edifício do amor
Se destrói, nas labaredas da paixão?
Como dizer ao meu amado... eu te amo
Mas quero experimentar, louca paixão?
Meu amado é carne da minha carne
Mas não sente o prazer da paixão que sinto.
Meu amante é fera endiabrada
Consome meu corpo, corrompe minha alma
Sou para ele um simples petisco
Que tempera o seu gozo com o meu prazer
Para ele é vitória, a conquista e pecado
Para mim é derrota o prazer do pecado
Um sonho pra ele, pesadelo pra mim
Para nós uma taça de prazer corrompido
Ah! Meu amado, se tu bem soubesse
Da carne que é tua e que outro possui
Que tenho o prazer manchado de dor
Que sinto a paixão sufocar meu amor
Socorre minh’alma, acode meu pranto
Não deixe a paixão me sufocar de prazer
Me ame, amado, como eu te amo
E pegue na mão, o meu coração
Chamuscado no fogo de tanta paixão
Mas quero escapar e em ti me abrigar.