Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
19/01/2024 00h01
ACORDO DE DEUS

    Como pode uma pessoa ser escolhida por Deus, entre tantas outras, para construir um grande povo? Que tipo de favoritismo foi esse? Pois é assim que está escrito no primeiro livro da Bíblia, Gênesis 12: 1-3:
    “Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa do seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei,” Deus disse a Abrão. “Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma benção. Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados”.
    Assim começa o livro considerado sagrado por nós, do Ocidente. Deus não explica porque escolheu esse homem entra tantos outros. Vou reconhecer que Deus é a sabedoria infinita e certamente devia saber que entre todos que existiam naquela época, era Abrão o mais conveniente para Seus propósitos. 
    Deus iniciou seus planos para a humanidade com a escolha de Abrão para ser o pai do povo que iria surgir com a promessa de cumprirem a Sua vontade. Mais tarde Ele mudou o nome de Abrão, que significa “pai exaltado” para Abraão que significa “Pai de uma multidão” Gênesis 17:5.  Essa promessa não foi limitada a uma pequena e antiga nação do Oriente Médio. Ela estende-se para o futuro e não está limitada às fronteiras nacionais, pois está designado na promessa “trazer bênçãos a todos os povos da Terra.
    Com esta promessa, Deus iniciou um projeto admirável, designado para beneficiar “todas as famílias da Terra” quando for consumado. A história e as profecias dessa nação, nascida de Abraão, são importantes não somente para seu próprio povo, mas para os povos de todas as nações.
    Posteriormente, Deus passou adiante essa promessa de Abraão para seu filho Isaque, seu neto Jacó e depois para os 12 filhos de Jacó, de quem vieram as 12 tribos de Israel. Deus deu mais detalhes às gerações sucessoras sobre seu propósito para Israel e como Ele pretendia cumprir seu grande plano para eles.
    Esse compromisso assumido pelo Criador da humanidade é o elo que une as várias partes das Escrituras. Ele aumenta o significado e fornece estruturas à Bíblia. Até a missão de Cristo é uma construção dessa promessa.
    Quase oitocentos anos após Israel ter desaparecido como nação, o apóstolo Paulo descreveu os gentios (não israelitas) que estão “sem Cristo” como “separados da comunidade de Israel, e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo” (Efésios 2:12).
    Esta é uma linguagem forte, mas ela ressalta a importância do compromisso de Deus com Abraão e Paulo reconheceu que Israel, incluindo as 10 tribos perdidas, continuava existindo. Se Paulo estivesse falado somente sobre os judeus, as tribos contidas no reino do Sul, ele teria falado de Judá, não de Israel.     
    Em seguida, Paulo esclarece. “Em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos do homem, como agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito, a saber, que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo, e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do Evangelho” (Efésios 3:5-6).
    Como todos os povos podem participar das promessas que Deus fez a Abraão através de Jesus?  Paulo explica, “E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa” (Gálatas 3:29).
    Isto significa que Deus tem de enxertar todos que se tornam Seus servos na família de Abraão, e Deus comprometeu-se a uma série de alianças para realizar isso (Romanos 11:13-27).
    Esta narrativa nos coloca dentro da família de Abraão, desde que acreditemos no Cristo como filho mais evoluído de Deus e que veio entre nós, materialmente, para nos ensinar esta genealogia e do respeito que devemos ter com o Pai, Criador, fazendo a sua vontade e construindo a família universal
 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/01/2024 às 00h01