Discurso histórico do Milei, presidente recém-eleito da Argentina, no 54o Fórum Econômico Mundial em Davos. Muito esclarecedor. Vejamos cortado em quadros para a nossa reflexão...
A evidência empírica é inquestionável. Por isso, como não há dúvidas de que o capitalismo de livre mercado é superior em termos produtivos, a esquerda tem atacado o capitalismo por suas questões de moralidade, por ser, segundo eles, injusto.
Dizem que o capitalismo é ruim porque é individualista, e que o coletivismo é bom porque é altruísta com o próximo e consequentemente, lutam pela justiça social.
Esse conceito que se tornou moda no 1o mundo, no meu país é uma constante do discurso político há mais de 80 anos.
A justiça social não é justa e não contribui para o bem-estar da sociedade, porque, ao contrário, é uma ideia injusta, pois é violenta; é injusta porque o Estado é financiado com impostos cobrados coercivamente. Alguém de nós pode dizer que paga impostos voluntariamente?
O que significa que o Estado se financia através da coerção e que quanto maior a carga tributária, maior é a coerção, menor é a liberdade.
Defensores da justiça social acreditam em distribuir a economia de forma mais equitativa para promover a justiça social, mas esse bolo não é dado, é riqueza gerada no que, por exemplo, Israel Kirchner chama de descoberta de mercado.
Se o bem ou serviço oferecido por uma empresa não é desejado, ela quebra, a menos que se adapte ao que o mercado demanda. Se produzir um produto de boa qualidade a um preço atraente, terá sucesso e produzirá mais. Assim o mercado é um processo de descoberta onde o capitalista encontra o caminho certo.
Se o Estado pune o capitalista por ter sucesso e o bloqueia no processo de descoberta, destrói seus incentivos e as consequências são que ele vai produzir menos e o bolo será menor, causando prejuízo para a sociedade.
O coletivismo ao inibir tais processos de descoberta e dificultar a apropriação do que foi descoberto, amarra as mãos do empreendedor e o impede de produzir bens e serviços melhores a um preço melhor.
Como pode ser que desde a academia, organizações internacionais, política e teoria econômica, demonizam um sistema econômico que não apenas tirou 90% da população mundial da extrema pobreza e o faz cada vez mais rápido, mas também é justo e moralmente superior?
O capitalismo trouxe o melhor momento da história em termos de prosperidade atual. Nunca houve um momento de maior prosperidade do que o que vivemos hoje. O mundo de hoje é mais livre, mais rico, mais pacífico e mais próspero do que em qualquer outro momento de nossa história. Válido para todos, especialmente países livres onde respeitam a liberdade econômica e os direitos de propriedade individuais. Países livres são 12 vezes mais ricos que os reprimidos. A distribuição dos países livres é melhor que 90% da população dos países reprimidos. Tem 25 vezes menos pobres no formato padrão e 50 vezes menos no formato extremo. E além disso, cidadãos de países livres vivem 25% a mais que cidadãos de países reprimidos.
Esta bandeira de justiça social empunhada pelos revolucionários esquerdistas, socialistas, é cheia de contradições que não conseguem ser percebidas pelo clamor das palavras de ordem que são colocadas nas ruas. Não devemos esquecer do engodo que foi feito na Revolução Francesa que até hoje é ensinada como um foco de luz dentro das sombras da sociedade. Quando se faz uma investigação sincera dentro da verdade da realidade, se constata o uso de temas tão nobres como Liberdade, Igualdade e Fraternidade serem usados como ferramentas para a prática justamente do seu contrário. E ninguém percebe com facilidade esse malogro, pelo esforço de colocar as falsas narrativas para distorcer a realidade e manter o status quo alcançado em benefício dos seus artífices. Assim, se querem fazer hoje com a palavra de justiça social que ao ser alcançado o poder com essa artimanha, vai ser colocado em prática justamente o seu contrário.