O carro avança por estrada afora
Pavimentada de tristeza e mágoa
Nem os pássaros que cantam nesta hora
Fazem enxugar dos meus olhos a água
Ela não quer a minha companhia
Não se importa com a minha solidão
Que na curva eu capote e vá pra tumba feia
Sem ato de amor ou consolação
Por que eu tenho que ainda viajar?
Se assim aumenta minha saudade?
E cada metro percorrido parece perguntar...
Ei! Cadê ela, a musa que eu via ao teu lado?
E que com ela nós fazíamos a Trindade?
Eu, só contigo, é puro e acre enfado!