Meu Diário
08/02/2024 00h01
AMARGURA (poesia)

Taça de fel para mim, tu se tornou



O que era tão gostoso, puro mel



O tempo sem clemência transformou



Neste inferno que antes era o céu



 



Quando penso tão grande nosso amor



Que causou entre os deuses tal ciúme



E num feitiço nos encheu de amargor



Do brilho estelar, um mero vagalume



 



Mas a lembrança, doce-mel, não se apaga



E por mais que peça a Deus que traga



Não é o doce que sinto, é amargura



 



Quem me dera mudar minha desdita



Mas ninguém a minha vida facilita



Quem se importa minha sina, noite escura?



Publicado por Sióstio de Lapa em 08/02/2024 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr