Quando digo pra você eu tenho fome
E tu me oferece um prato de comida
Não percebe o que tanto me consome
É o desejo de tê-la em minha vida
Quando eu digo pra você, eu tenho sede
E tu me oferece um mero copo d’água
Não é de água que pereço, em mim crede
É de tua boca, para mim sexuada
Porém não posso meus desejos confessar
Como dizer para ti minha agonia?
Da qual eu sinto minha alma sufocar?
Como posso te dizer, sem medo de açoite
Te mostrar meu coração ao meio-dia
Se ele vive encarcerado à meia-noite?