Nós, funcionários públicos, principalmente professores, sempre é bom vir à público esclarecer o que estamos fazendo para o público que paga o nosso salário.
Aproveitando o tempo de Quaresma que estamos vivendo, fiquei motivado para encontrar um espaço que pudesse falar do meu trabalho de conteúdo universitário, discorrendo desde o tempo que comecei os estudos, entrei para trabalhar como professor na UFRN, atuando nas três áreas acadêmicas: ensino, pesquisa e extensão.
Dentro da medicina assumi a especialidade de psiquiatria. Fiz especialização, mestrado e doutorado em Psicofarmacologia, capacitação em Terapia Cognitivo-Comportamental e foquei minha atuação clinica e acadêmica em Dependência Química e Espiritualidade.
Logo que comecei a clinicar percebi que apenas minha atuação no consultório não iria trazer os benefícios mais amplos que queria trazer para os meus pacientes. Entrei na política, tanto comunitária, profissional e partidária. Fui chefe de departamento na UFRN, presidente de Associação Norte-rio-grandense de Psiquiatria, secretário de partido político, PDT, tendo sido candidato diversas vezes para diversos cargos, sem nunca ter sido eleito. Percebi que a prática política não sintonizava com meus ideais políticos, cujo tema sempre foi pela “Dignidade Humana”.
Depois que me senti frustrado e enganado pelos partidos de esquerda nos quais eu militava, deixei a filiação político e encontrei um verdadeiro líder, Jesus Cristo, e senti que este falava a Verdade e que jamais traiu os seus companheiros. Desenvolveu uma ideologia que percebi que era a mais importante para trazer harmonia nos relacionamentos sociais, construindo uma sociedade ideal, um Reino de Deus, como ele ensinou.
Desviei todo o meu esforço acadêmico para o estudo da espiritualidade, principalmente do Cristianismo. Percebi que este é o caminho por onde posso contribuir para ajudar ao próximo, à população, aos contribuintes que pagam o esforço do meu trabalho. É este caminho que quero colocar aqui, nesta entrevista com 10 perguntas.
01 – Qual o foco mais importante do seu trabalho na atualidade?
Analisar com profundidade os ensinamentos de Jesus e sua aplicabilidade para a melhora de nossas relações humanas, coletiva ou individualmente.
02 – Este foco ajuda no tratamento médico?
Sim, principalmente na área da psiquiatria onde os pensamentos são estudados e compreendidos a sua participação na saúde e na gênese de doenças.
03 – Há coerência do estudo científico e do estudo espiritual?
Sim, a ciência sempre foi incentivada pela espiritualidade, a partir do ensinamento de Jesus quando disse que a principal lei que devemos obedecer é amar o Criador, Deus, com toda a alma, coração e entendimento. Isso é ciência, entender para saber.
04 – Espiritualidade é o mesmo que religião?
Não, a religião está dentro do campo espiritual, mas cada uma tem algo que a diferencia das demais.
05 – Como pode a espiritualidade ajudar nas doenças, nos conflitos sociais?
A partir da principal lição que Jesus nos trouxe, amar a Deus que é nosso Pai universal e que devemos agir como irmãos, segundo a vontade d’Ele.
06 – Qual a vantagem da ideologia cristã comparada as outras ideologias?
É a única ideologia que foca na fraternidade, amar ao próximo como a nós mesmos
07 – Por que tanto conflito nas igrejas que atuam dentro do Cristianismo?
Cada uma desenvolve algum detalhe da interpretação do que está na Bíblia.
08 – Qual a estratégia do Cristianismo para a construção da Sociedade ideal?
Ensinar ao homem o controle egoísta dos nossos instintos animais.
09 – Essa catequese do Cristianismo não fomenta mais conflitos?
Ela tem por base o convencimento pela paz, coerência, liberdade e justiça.
10 – Quais suas palavras finais tema.
Todos somos interessados em construir uma sociedade ideal, com base nesses ideais positivos, como liberdade, igualdade e fraternidade. Mas não podemos ser iludidos por pessoas de má índole e que usam seus instintos animais para induzirem pessoas de boa fé a cometerem crimes pensando que está praticando a justiça. Este é o maior compromisso do cristão. Fazer o discernimento do certo e do errado e não se deixar cooptar pelo mal, mesmo que ele seja apresentado com diversas cores e sabores agradáveis aos nossos sentidos materiais, mas que são venenosos aos interesses da nossa alma.