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11/03/2024 00h01
PENSAMENTO DE VLADIMIR SOLOVIEV

            Vladimir Soloviev foi um filósofo, poeta e crítico literário, nascido em Moscou em janeiro de 1853. Teve um papel preponderante no renascimento espiritual do início do século XX. Publicou várias obras de filosofia, dentre as quais se destaca sua obra magna, “A crise da filosofia ocidental”, escrita quando ele tinha 20 anos. Abandonou a fé ortodoxa em sua adolescência, voltando-se para o materialismo. Mais tarde, porém, em 1872, converteu-se novamente à Igreja Ortodoxa. Simpático à Igreja Católica Romana e convencido de que o problema da Rússia estava no cisma que a afastara do Catolicismo, incentivou a aproximação entre as Igrejas.  Comungou das mãos de um sacerdote católico  



em fevereiro de 1896, e morreu em 13 de julho de 1900, aos 47 anos.



            Tolstói era um pensador de grande influência, não apenas na Rússia, mas em todo o mundo, e pregava por uma “purificação” do cristianismo e por uma sociedade de princípios progressivos, gnósticos e moralistas. Foi contestado por Soloviev e pela Igreja ortodoxa russa que o excomungou.



            O “cristianismo” de Tolstói se converte em um conjunto de normas éticas, entre as quais se destaca a não-oposição ao mal com a devida violência. As teses de Tolstói tornam-se cada vez mais inaceitáveis à Soloviev, que toma consciência da grande necessidade de se lhe opor, de combate-lo, principalmente quando se apresenta sob o aspecto de falso bem. Não há dúvida de que, aos olhos de Soloviev, o cristianismo arbitrário, mutilado e influente de Tolstói constitui um mal real.



            Soloviev mostra com clarividência um dos rostos do Anticristo na modernidade, em um mundo secularizado, no qual a falsificação do bem e o esquecimento de Cristo se apresentam sob o manto da filantropia. Soloviev se centra num aspecto dessa falsificação aparentemente menos destrutivo que o ideológico-totalitário, responsável por devastar o século XX. Seu Anticristo parece alheio às ideologias, ao menos em suas formas partidárias, mas na realidade possui uma ideologia que poderíamos chamar de pós-moderna, em um mundo dessacralizado, sem horizontes transcendentes, sem a intenção de impor um sistema abrangente. Atua no vazio, entre a fragmentação religiosa e cultural. Aceita e respeita, inclusive a Igreja, mas sem Cristo. Sua “utopia escatológica” é de signo iluminista, tecnocrático, gnóstico (o “homem do futuro” é um capitalista, maçom e progressista).



            O Anticristo de Soloviev atua sem violência, travestido de paz, mostrando um belo e luminoso rosto, distribuindo promessas. A paz, o progresso, o bem-estar e o pluralismo revelam-se seduções diabólicas e mortíferas quando separadas da verdade. Somente poucos cristãos fiéis a Cristo se manterão imunes a essas seduções.



            Um século depois do trabalho de Soloviev e observamos que suas ideias estão sendo implantadas por todo o mundo. O cristianismo sendo atacado em muitas nações, e o povo não percebe essa estratégia, permanece ligado aos produtos midiáticos dos adversários que o deixa alienado. A Igreja católica apostólica Romana foi atacada por dentro, por pessoas que não imaginam estar sendo conduzidos pelos infiltrado que conseguiram se instalar nas estruturas do poder, chagando até a figura do Papa.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/03/2024 às 00h01