O bloco de cinco crenças sobre o sexo colocadas no texto “Credo do pensador pós-moderno”, merece um aprofundamento os cinco credos abaixo.
Acreditamos em sexo antes, durante e depois do casamento.
Acreditamos na terapia do pecado.
Acreditamos que o adultério é divertido.
Acreditamos que é correto praticar a sodomia.
Acreditamos que tabus são tabus.
No primeiro credo, como o meu pensamento desconsidera a importância do casamento como ele é defendido, com todos os tabus, limites e compromissos, a minha tendência é concordar com o primeiro credo. Se há o compromisso de ambos seguirmos a bússola comportamental que o Mestre Jesus ensinou, de fazer ao outro aquilo que desejo ser feito a mim, então não vejo como falta de ética. O importante é que, a mesma liberdade que eu tenho de não colocar restrições ao fluxo de amor que passa por mim, que tenha a força de combater o machismo dentro de mim e dê a mesma liberdade à minha companheira. Isso pode estar em franca oposição aos credos das diversas igrejas, em sua ampla maioria, mas está sintonizado com a minha consciência e que esta respeita a lei de Deus.
O segundo credo aponta o erro com mais facilidade, pois, como pode o pecado, o erro cometido, se tornar terapêutico? Não vem à minha cabeça nenhum exemplo disso ocorrer. Pelo contrário, todo exercício daquilo que considero um pecado tem o potencial de se tornar patológico.
O terceiro credo conduz uma verdade, de que o adultério pode ser divertido, mas na essência é um erro coberto de outros erros. O erro básico é que o compromisso do casamento é desfeito, geralmente sem o conhecimento do outro parceiro. Isto gera a traição que detona a confiança, e o casamento jamais volta a ser o que era antes.
O quarto credo se torna verdade quando a liberdade que toda pessoa deve ter, se observando os limites de não se fazer mal ao próximo. Se as duas pessoas concordam no ato de sodomia, a minha liberdade não deve ser exercida no sentido de impedir a liberdade que o outro deve ter para realizar aquilo que deseja.
Finalmente, o quinto credo que acredita que tabus sejam tabus, está simplesmente afirmando uma verdade. Tabus são tabus. Depende do sentido que desejamos dar quando falamos dessa forma. Geralmente é dito dessa forma para desautorizar o comportamento como uma verdade necessária a ser realizada. Não fazer sexo fora do casamento, pode ser um tabu aceito pelos dois cônjuges. Mas quando ambos concordam em que essa prática pode ser realizada por ambos, dependendo dos seus interesses circunstanciais, o sexo fora do casamento deixa de ser um tabu e passa a ser uma prática autorizada pelos interessados diretos, mesmo que isso vá de encontro à cultura em que ambos estejam inseridos.
Dessa forma, o credo do pensador pós-moderno pode ser aplicado à minha consciência de alguma forma, mas não total. O que não pode ser usado em parte ou totalmente, com a finalidade de desvirtuar os princípios da Igreja Católica, como observamos muitos dos seus integrantes tentarem fazer, fazem e ainda induzem os outros a fazerem. Se querem praticar a sodomia, sexo fora do casamento e outros tabus considerados, que façam isso em outros espacos que a sua liberdade permitir, mas jamais dentro de uma instituição que defende um caminho que deve ser seguido por todos em direção ao Reino de Deus.