Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo II do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”.
6 – Quais são os temas e o programa do próximo Sínodo?
Em reunião de 24 de abril de 2021 com o Cardeal Mario Grech, Secretário Geral do Sínodo, o Papa Francisco aprovou o tema e o programa da 16a. Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.
Teve início assim a fase de consulta nacional e local com o Povo de Deus, concluída na final de 2022. Começou em seguida a fase continental, que culminou em fevereiro e março de 2023 com as Assembleias Continentais, que apresentaram ao Vaticano suas conclusões conhecidas como Sínteses. Passa-se então a fase universal, para a qual foram convocadas duas Assembleias Gerais em Roma: a primeira em outubro de 2023, e a segunda em outubro de 2024. Um retiro espiritual para todos os participantes precederá a assembleia de 2023.
Eis o tema escolhido: “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, participação e missão”. De acordo com o Papa, trata-se de “caminhar juntos – leigos, pastores, Bispo de Roma”. A maior dificuldade a ser superada “é este clericalismo que separa do povo o sacerdote, o Bispo”, porque “há muitas resistências em superar a imagem de uma igreja rigidamente dividida entre líderes e subordinados, entre os que ensinam e os que têm de aprender, esquecendo que Deus gosta de inverter posições: ‘Derrubou os poderosos dos seus tronos, elevou os humildes’ (Lc 1,52). [...] Caminhar juntos evidencia, como linha, mais a horizontalidade do que a verticalidade”.
Portanto, o próximo Sínodo não discutirá um tema pastoral específico, como é comum nessas assembleias, mas a própria estrutura da Igreja, motivo pelo qual ele também é conhecido como o “Sínodo sobre a sinodalidade”.
Está definido dessa forma, o campo de batalha. De um lado a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, com toda a tradição trazida, defendida e ensinada pelos apóstolos que se sucedem no tempo, administrados hierarquicamente pelo Bispo de Roma; do outro lado os defensores da Nova Igreja, que pretendem quebrar a hierarquia instituída pelo Cristo que se reflete no corpo eclesial, chegando até a inversão da missão dos apóstolos, de mestre para os pagãos de discípulos desses pagãos. Este é o momento de ser promovida essa mudança radical que quebra a sintonia estabelecida pelo Cristo com a verticalidade do madeiro em direção ao Pai, pela horizontalidade do madeiro que representa os interesses mundanos em busca dos prazeres egoístas. A verticalidade divina deve servir de motivação para a horizontalidade mundana, animal, ser convertida aos interesses espirituais, do altruísmo, para que todos os irmãos façam parte da família universal, construindo o Reino de Deus. Este é o projeto que o Divino Mestre nos apresentou e instituiu dentro da Igreja Católica. Esse outro projeto apresentado pelo Papa Francisco cumpre outro tipo de missão e certamente não foi inspirada nem pelo Pai, nem pelo Filho, nem pelo Espírito Santo que compõem a Trindade Divina. O Papa deveria saber que nós, cristãos, seguimos a voz do Bom Pastor representado pelo Cristo, e que nenhum pastor substituto irá nos fazer seguir por outros caminhos, afinal o Mestre pode não estar fisicamente junto de nós, mas certamente, como Ele mesmo afirmou, onde dois ou mais estivermos reunidos em Seu nome, ele se fará presente, e estará nos advertindo sobre os falsos pastores. A nossa hierarquia jamais será quebrada, Cristo é a cabeça da Igreja e nenhum ato revolucionário do “Povo de Deus” em busca de um reino de glória material, empunhando falsos estandartes com palavras de justiça, paz e amor que usam como escudo para implementar o reinado do terror, da escravidão, do ódio às classes e sem compaixão pelos humildes, próprios e ignorantes que eles mesmos fabricam.