Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
17/04/2024 00h01
ESCUTA DOS FIÉIS

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”.



B – “Escuta”



13 – Por que se atribui um papel primordial à “escuta dos fiéis”?



            No Vademecum, a palavra escutar aparece 102 vezes. Refere-se à voz dos fiéis 83 vezes, mas somente 19 vezes à Palavra de Deus.



            Em entrevista publicada no site do Vaticano, o Cardeal Mario Grech declarou: “Ao ouvir o povo de Deus – é para isso que serve a consulta nas igrejas particulares – sabemos que podemos ouvir o que o Espírito está dizendo à Igreja. Isso não significa que é o povo de Deus que determina o caminho da Igreja. À função profética de todo o povo de Deus (incluindo os pastores) corresponde a tarefa de discernimento dos pastores: a partir do que o povo de Deus diz, os pastores devem captar o que o Espírito quer dizer à Igreja. Mas é a partir da escuta do povo de Deus que o discernimento deve começar”.



            Sabemos que a guerra espiritual que se desenvolve na Terra tem origem na dimensão espiritual, onde os principados e potestades se opõem à obra de Deus, de construir uma humanidade com potencial de livre arbítrio para se aproximar cada vez mais da essência divina, apesar de sua criação simples e ignorante.



            Dessa forma, a influência espiritual que sofremos aqui na Terra tem essas duas origens: divina, comandada pelo Arcanjo Miguel e principalmente pelo Mestre Jesus; revolucionária comandada desde as hostes celestiais pelo Querubim Lúcifer e pelos seus demônios espalhados espiritualmente na Terra.



            Jesus veio nos ensinar, a mando do Pai, os detalhes da vida espiritual desenvolvida na carne e a influencia que podemos receber dos espíritos, quer sejam bons ou maus de acordo com seus posicionamentos dentro do conflito espiritual.



            Como filho de Deus, obediente à missão recebida do Pai, Jesus sofreu tentações diversas e sofrimentos perversos, mas conduziu com maestria suas lições e principalmente seu comportamento, mostrando o Caminho da Verdade por onde deveríamos seguir em busca da Vida eterna na sintonia com o Pai. Assim, construiu uma hierarquia, originada pelo Pai, passando pelo Filho e entregue a Pedro, como primeiro Papa e primeiro a ouvir o Espírito Santo cujas intuições divinas deve passar por gotejamento até alcançar o coração animalizado da criatura humana e promover com apelo à lógica do seu livre arbítrio, a conversão à família universal do Reino de Deus. Este trabalho, assim organizado pelo divino Mestre, sofre oposição, desde o tempo que o Cristo esteve materializado no corpo de Jesus, entre nós.



            Agora fica a pergunta: a quem devemos escutar? Ao Espírito Santo de Deus, que chega até nós pelo gotejamento hierárquico por quem tem mais responsabilidade na moralidade divina, ou pela voz escutada pelo “povo de Deus”, cheios de seus pecados, confessáveis e inconfessáveis, arrependidos ou não? Claro, esse “povo de Deus” inclui os próprios pastores, afinal, foi essa voz revolucionária, essa “fumaça de Satanás” que entrou na igreja e hoje consegue hipnotizar até o Papa.



            Essa voz divina ou revolucionária está no meio de nós, materializada por pessoas que estão usando do livre arbítrio para as reproduzir por todos os meios e este livro que estamos refletindo neste momento é uma prova disso. Cabe a cada um de nós, usando da lógica, coerência e bom sendo, direcionar o comportamento para o caminho que melhor satisfaça nossa necessidade de evolução, considerando a ajuda que devemos ter com todos nossos irmãos que estão perdidos nesse emaranhado de falsas narrativas que são colocadas ao nosso juízo.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/04/2024 às 00h01