Reproduzirei aqui um texto, fragmentado em itens devido o tamanho, que circula nas redes sociais e que é de importância para a nossa reflexão´´
De onde veio o progressismo atual?
Por
Theodore Kupfer
Tradução de Bruna Frascolla
City Journal
24/08/2022 15:14
Filme infantil da Disney incluiu beijo lésbico: o CEO da Disney atacou uma lei da Flórida sobre educação sexual em escolas primárias.
A maioria dos observadores concordaria que o progressismo atual [wokeness], pode ser definido como a cosmovisão progressista que enxerga todas as disparidades raciais e sexuais como prova de discriminação, e rejeita os procedimentos liberais tradicionais em favor de políticas totalizantes que buscam desmantelar tais disparidades e calar os dissidentes. Mas ninguém parece concordar quanto à sua origem. Trata-se de um fenômeno intelectual, religioso, econômico, legal ou institucional? Sua emergência na última década foi atribuído a tudo: tendências intelectuais acadêmicas, religiosidade declinante, psicologia da vitimização, interesse empresarial, interesse de trabalhadores não-braçais, leis de direitos civis dos anos 1960 e tendências imitativas de grandes organizações. Tudo isso parece ter algum poder explicativo, mas nada disso parece bastar para explicar sozinho todo o fenômeno. Consideremos cada qual a seu turno.
As ideias têm consequências
A explicação idealista vê esse progressismo como o rebento de uma longa gestação de tendências intelectuais. As especificações podem variar, mas a história geral tende a ser a mesma: pensadores influentes desenvolveram uma crítica da razão, da objetividade e da neutralidade, que conquistou a torre de marfim antes de infectar todo o mundo, desde os políticos do Partido Democrata até os editores da Teen Vogue. Seja Immanuel Kant, Theodor Adorno ou Jacques Derrida, algum filósofo começou o processo ao argumentar que o homem não tem fundamentos suficientes para acreditar nas coisas que outrora tomaram por garantidas, uma vez que tais crenças foram filtradas — e distorcidas — por faculdades individuais limitadas, vieses culturais ou "sistemas de poder e hierarquias, que decidem o que se pode conhecer e como." Essa postura crítica em face de verdades estabelecidas desafiou os fundamentos da civilização do Iluminismo e encorajou uma visão do mundo como dividido entre as "classes oprimidas" e uma "classe opressora".
Num contexto norte-americano, a crítica tomou formas variadas, com feministas radicais argumentando que o sistema legal era "um meio de tornar a dominância masculina a um só tempo invisível e legítima" e os teóricos raciais críticos defendendo que o racismo representa "o jeito usual de a sociedade [dos EUA] fazer negócios, a experiência quotidiana comum da maioria das pessoas de cor neste país." Esses tipos de argumentos acabaram entrando no debate público como explicações padrão para as desigualdades na sociedade norte-americana; as instituições dos EUA acabaram sendo vistas só como vetores de subjugação.
No entanto, as explicações idealistas deixam intocado um mistério importante: como essas ideias se espalharam? Numa resenha de Teorias Cínicas [livro publicado no Brasil pela Editora Avis Rara, em 2021], de James Lindsay e Helen Pluckrose, um exemplo de explicação idealista, Park MacDougald observa que o livro nunca explica como as pessoas vieram a ser persuadidas por argumentos fundamentalmente não-persuasivos. "Às vezes, Pluckrose e Lindsay escrevem como se essas teorias fossem ideias flutuantes que se desenvolvem segundo sua própria lógica. Às vezes, fazem uma analogia com um vírus que salta as 'lacunas da ciência' entre a academia e o ativismo. E às vezes não há agente claro nenhum, como quando eles escrevem que a Faculdade Estadual Evergreen 'foi tomada pelas ideias da teoria crítica da raça' ", escreve MacDougald. "Mas como uma faculdade é tomada por ideias? E por que por essa série de ideias em vez de outras?" A explicação idealista, por si só, parece incapaz de responder a essas questões.
É importante focar nosso raciocínio nesses movimentos sociais que tentam distorcer a verdade colocando falsas narrativas que favorecem os seus interesses. Procurando encontrar uma lógica de tantas ideias conflitivas que tornam o cidadão comum como um lobo destruidor, que ver a oposição do cristianismo aos seus ideais revolucionários, terminamos por entender que tudo isso é uma prova das forças trevosas que cobrem nosso planeta, estarem lutando de forma destrutiva uma das criações mais importante... a humanidade.