São Pio X ficou conhecido como o Papa da Eucaristia. O Papa camponês deu importância capital ao ensino do catecismo. Dizia que em dias bem críticos e amargos como os que vivemos hoje, o antigo inimigo exacerba o seu cerco ao redor do rebanho humano, principalmente aos cristãos, como aconteceu nas catacumbas da Roma imperial. Esse inimigo luciferino arma laços com tão pérfida astúcia, como aconteceu no dia 8 de janeiro em Brasília, quando centenas pessoas inocentes do que lhes acusavam foram presas e humilhadas, mantidas em galpões coletivos, com plena ofensiva à condição humana e da cidadania em um Estado democrático.
Esses lobos vorazes, travestidos de juízes e militares, tornam realidade o que está previsto na Bíblia (At 20:29-30): “Porque eu sei isto: que, depois de minha partida, entrarão entre vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho. E que dentre vôs mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após sí”.
É importante que tenhamos em mente a importância de um duplo ministério: a pregação e o ensino.
A pregação que se refere à explicação do Evangelho e está destinada aos que possuem os elementos da fé. É o pão espiritual que deve ser dado aos adultos.
O ensino do catecismo é leite que devemos receber, avidamente, como criança recém-nascida para o mundo espiritual.
Este trabalho de catequista consiste em escolher alguma verdade relativa à fé e aos costumes cristãos, e explica-los em todos os seus aspectos.
Como a meta do ensino é a perfeição da vida, o catequista há de comparar o que Deus manda fazer e o que nós fazemos realmente.
Devemos aconselhar aos ouvintes, como se indicasse com o dedo, a norma que se deve ajustar à vida de cada um, conforme os talentos dados por Deus. Termina por exaltar a todos a fugir dos vícios, iniquidades e a praticar as virtudes.
Sei que o meu talento está associado à Ciência, à Filosofia, e que recebi o conhecimento trazido pelo Cristo, de que Deus é nosso Criador, que todos os seres vivos são meus irmãos, principalmente nós, humanos, que somos imagem e semelhança do Pai, e que como filhos devemos fazer a vontade dEle. Isso significa que devemos amar ao próximo como se fosse a mim mesmo, que é a vontade de qualquer pai, mesmo os biológicos.
Com esta base espiritual, vejo ao redor uma batalha cruenta entre o Bem e o Mal, entre Cristo representando a vontade do Pai e o Demônio representando a revolução, a revolta contra a ordem estabelecida por Deus.
Vejo que tenho de tomar posição com os meus talentos no esforço de guerra, escolhendo em qual exércitos vou me engajar. Uma guerra que está atualmente em pleno apogeu, mas que tem um histórico milenar, desde a queda de Lúcifer após a reação do Arcanjo Miguel. Lúcifer foi deportado para a Terra em sua queda e como vingança pretende destruir a criação mais amada por Deus: a humanidade.
Durante muito tempo o homem ficou nivelado aos animais, se comportando como um bruto, motivado pelo egoísmo, apesar de ter dentro de si o fôlego, a essência de Deus. Foi necessário que o Pai enviasse o Cristo para que Ele nos ensinasse o Caminho da Verdade que nos leva à Vida eterna na sintonia com o divino.
Cristo executou com perfeição a Sua missão e colocou o front de batalha com a ideologia divina do Cristianismo contra os revoltosos associados à Lúcifer.
Hoje estamos sofrendo um ataque maciço onde o Cristianismo está sendo desconstruído em vários locais, comunidades, países. As forças revolucionárias se unem em várias frentes, utilizando com mentiras habilidosas os mesmos recursos de comunicação usados pelos cristãos, como Liberdade, Igualdade, Fraternidade.
Nossas forças cristãs estão desarticuladas, muitas vezes combatendo umas contra outras. Este é o momento de usarmos o duplo ministério, nós, cada cristão, para ensinar e catequisar os irmãos que estão envolvidos pela mentira, que não foram ainda cooptados de forma irreversível pelas forças do maligno, para virem ao Caminho da Verdade e Vida ensinada pelo nosso líder e mestre: Jesus Cristo.