Eu fui criado por Deus, a sabedoria infinita, personalizado para melhorar o meu entendimento sobre Ele. O gênero aqui está associado à personalização que faço para melhor compreender e explicar a existência da energia criadora, o Pai universal, que poderia também ser explicado como a Mãe universal. Da mesma forma que nós fazemos quando escrevemos de forma natural dentro da nossa gramática: “O homem é a medida de todas as coisas”, “O homem constrói religiões, ciência e tecnologia”. Essas frases dão a ideia de humanidade, onde a palavra “mulher” está contemplada na palavra “homem”. Assim, a palavra “Deus” em minhas colocações, contempla o sexo masculino e feminino.
Deus pegou o material de sua criação, o barro da Terra, e soprou nele o Seu hálito divino, a sua essência espiritual, simples e ignorante, para aprender com a própria experiência como chegar na Sua intimidade.
Foi assim que adquiri a vida consciente, ainda em embrião. Não fui habitar direta e imediatamente um corpo humano. Eu fui colocado dentro da matéria bruta, amorfa, e deslizando por esse campo de átomos organizados em estruturas sólidas, fiquei mais confortável entre os cristais.
Observei que existia um processo evolutivo onde as estruturas materiais se organizavam para adquirirem a capacidade de reprodução, o que chamamos de vida biológica, assentada na matéria, explicando assim com o materialismo, os primeiros seres vivos, os vírus, as células, os organismos, cada vez mais complexos no seu funcionamento, conforme o Pai deixou programado no Seu programa de evolução.
Esta evolução presente no mundo material, Eu também participava, não como ente material, mas como ente espiritual que iria utilizar o avanço da evolução biológica para aprender os valores morais que são essenciais para a harmonia desejada pelo Pai em todos os aspectos de Sua criação.
Eu descobri que devia saltar da natureza inerte da matéria para aquelas estruturas materiais que conseguiram se organizar em células e conseguiam se multiplicar com as mesmas características, através de várias estratégias. Posso dizer que saltei do Reino Material para o Reino Vegetal onde aprendi todo o processo de reprodução em cada espécie que Eu estudava. Aprendi também que o meu estudo em determinado indivíduo, pertencente a determinada espécie, terminava quando a existência desse ser se deteriorava no processo repetido de renovação de suas funções biológicas, pelos erros genéticos que iam se acumulando. Então, a minha consciência percebia que este ser que eu estudava e que agora perdia a sua capacidade de reprodução, agora se tornava mais uma vez inerte, como se o Reino Vegetal que aquele ser participava, agora voltasse para o Reino Material de onde ele tinha saído. Comecei a ter novos insights que faziam parte do meu processo evolutivo, aprendendo a ter consciência da dinâmica da existência associado aos valores morais.
