Minha narrativa desenvolvida até aqui mostra uma forma de compreender a minha criação como ser no mundo, o meu objetivo atual e a minha meta futura: criado pelo Pai com caráter imortal, aprendendo tudo que é possível aqui na Terra, e para me sintonizar com o Criador no final.
Estou dentro do Reino Animal, nesta minha fase de aprendizado atual. Aprendi tudo que foi necessário nos reinos anteriores, mineral e vegetal.
Aqui no Reino Animal posso me locomover com mais facilidade e rapidez e minha relação com o próximo, que está no mesmo nível de aprendizado é bem mais intenso. As energias de autopreservação do corpo biológico são muito intensas, Eu não consigo domestica-las para alcançar um nível de sabedoria compatível com a essência do Pai.
Com o objetivo do Eu alcançar a possibilidade de desenvolver a sabedoria, além da inteligência, o Pai programou no Seu projeto evolutivo para a natureza, um órgão biológico capaz de trabalhar os estímulos internos e externos que o corpo está constantemente recebendo e “raciocinar” além dos objetivos de auto conservação do corpo biológico. Esse órgão foi o cérebro, composto de bilhões de neurônios, grande parte para a administração do corpo, mas com um número suficiente para gerar e suportar pensamentos que extrapolem o interesse do corpo.
A evolução biológica mais importante para o espírito, dentro do Reino Animal, foi aquela que desenvolveu o cérebro através das diversas famílias e espécies dentro da árvore da vida biológica. Chegamos àqueles seres mais capacitados pela natureza na aplicação racional do cérebro, que foram os primatas, hominídeos, principalmente o homem (Homo sapiens).
Alcançamos a capacidade de raciocinar extrapolando os interesses da matéria, da vida biológica. Agora já podemos intuir a vontade do Criador que está presente no Eu e sentimos a vontade, em algumas pessoas, de fazer a vontade do Pai e não a nossa.
Este é um ponto crítico da nossa evolução, pois é o momento de saltarmos dos interesses fúteis, passageiros, da matéria, para os interesses perenes, eternos, do espírito. Mas como nos livrar das intensas energias presentes no corpo, e colocadas pelo próprio Criador, para a preservação do corpo biológico, e que chega a ser citado na Bíblia como o monstro Behemoth? Um comportamento aqui ou acolá mais coerente com a vontade do Pai não vai ser suficiente para induzir toda uma espécie capacitada como a nossa, com um cérebro qualificado nas operações mais complexas, de se voltar para o que é mais importante, o Reino de Deus, mas que está distante do imediato, como é o caso dos Reinos seculares. O homem parecia estar irremediavelmente envolvido em guerras fratricidas em busca de poder material, de fortalecer a sua existência biológica, sem nem mesmo ter conhecimento de um Pai espiritual e da importância de ser feita a Sua vontade.
Eis a missão dada ao Cristo pelo Pai: ensinar aos homens sobre Sua existência e de fazer a Sua vontade como o caminho da verdade, de alcançar a vida eterna.