Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
30/05/2024 00h01
MINHA NARRATIVA 8 – O PACTO

 



           Deus como criador de tudo, matéria e energia, fez a humanidade à sua imagem e semelhança, em potencial. Isto é, Deus é complexo e de sabedoria infinita, o homem foi criado simples e ignorante. A intenção de Deus é que o homem consiga aprender pelos seus próprios esforços a adquirir sabedoria para se aproximar o máximo da essência divina e participar da construção de mundo pela eternidade afora.



            Aqui existe um vácuo na minha narrativa, não consigo explicar a intensão de Deus na minha criação. Sei que ele não queria criar o robot, que recebesse tudo na criação. Eu deveria conquistar com meus próprios esforços a sabedoria necessária. Mas, para que Deus quer que isso aconteça? Que uma parte dEle, responsável por minha vida, se esforce para evoluir moralmente com aquisição de sabedoria para voltar para o seu âmago? Com certeza Ela não tem necessidade disso! Será que Ele elaborou simplesmente um joguinho para se divertir com nossos erros e acertos? Essa explicação vai ficar em aberto até que eu encontre uma resposta satisfatória. Voltemos ao acordo feito com Deus.



            Deus observando que a humanidade havia alcançado um bom nível biológico, racional, onde o cérebro com seus bilhões de neurônios já tinha capacidade de raciocinar e discernir sobre a importância das suas leis naturais, percebeu um impasse. O homem por mais que racionasse e adquirisse ciência e tecnologia, do ponto de vista coletivo não conseguia se apartar dos instintos animais que buscavam com egoísmo os prazeres da carne, manipulando o poder que adquiriam, geralmente com violência contra o próximo mais fragilizado. Era necessário que Sua lei fosse conhecida e aplicada para que o homem saísse da barbárie e começasse a evoluir dentro do caminho correto da verdade da existência e da vida eterna que todos podiam alcançar.



            Ele viu que o sopro divino com o qual deu vida ao homem fazia com que ele procurasse intuitivamente o divino, da forma mais precária no início. Então viu seria melhor investir em alguém que pudesse construir uma sociedade com a Sua ajuda. Ele viu em Abrão uma pessoa que podia assumir este papel, de patriarca de muitos povos.



            Após ter feito o convite a Abrão e este ter aceito, mandou ele se dirigir com o povo que estava ao seu redor para outra terra. Fez com que ele tivesse dois filhos, o último deles, Isaque, de forma milagrosa, através de Sara, sua mulher já idosa. O outro, Ismael, gerado pela escrava de Sarah, devido a conflito na família foi expulso junto com sua mãe para o deserto, onde gerou um povo novo.



            Abrão foi testado em sua fé, quando Deus pediu para ele sacrificar o seu filho Isaque. Adquiriu a confiança de Deus em Seu projeto e recebeu o nome de Abraão, como o pai de nações.



            Este foi o pacto que Deus fez com Abraão, que os povos saídos de sua descendência deveriam respeitar o seu nome e ser o povo de Deus. Na evolução desse pacto, houve o momento da libertação do Seu povo da escravidão no Egito e através de Moises, deixou os seus dez mandamentos para que fossem cumpridos.



            Estas leis ainda não estavam devidamente sintonizadas com o Reino que Ele queria que viesse ser construído, a partir da limpeza do excesso de egoísmo presente no coração. Mas Ele tinha o propósito de enviar o Seu próprio filho, Jesus Cristo, identificado integralmente com Ele, para que viesse dentro do Seu povo eleito para ensinar e reformar a antiga lei.



            O povo de Deus não aceitou convenientemente o Filho de Deus, o hostilizava frequentemente e terminou sendo a causa da sua crucificação. Neste momento o pacto foi prejudicado e muitos povos que não tinha esse rótulo de povo de Deus, recebeu com mais harmonia e respeito os ensinamentos do Cristo. Foi quando Jesus, em uma de suas reuniões de ensino, disse que a Sua família era que fazia a vontade do Pai.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/05/2024 às 00h01