Após ter discorrido pelos aspectos da criação de tudo que existe, inclusive eu, vou agora passar à narrativa de minha caminhada neste mundo e nesta minha vida atual. Considero que vivi diversas outras existências, mas que cheguei nesta com necessidade de muito aprendizado, devido as deficiências que percebo possuir.
A explicação de me considerar como filho de Deus, entendendo que tudo que existe é também seu filho, e isso parecer uma redundância, deve ser aqui bem refletida.
Tenho por base essa identificação de “Filho de Deus”, na lição que Jesus nos deixou quando estava ensinando a um grupo de pessoas e chegou os Seus parentes. Quando foi avisado disso, o Mestre aproveitou e disse que seriam a sua mãe e seus irmãos aqueles que fizessem a vontade do Pai.
Esta lição aparentemente simples tem uma aplicação profunda. Implica que de toda criação só quem pode ter essa distinção de ser o Filho de Deus é quem faz a vontade dEle. Isso restringe drasticamente o número de candidatos, pois só quem possui capacidade de raciocinar com inteligência e capacidade para discernir o acerto do erro, a verdade da mentira, a coerência da incoerência, o Criador das criaturas, a vontade do Pai e a vontade da carne, são esses que podem decidir fazer ou não a vontade do Pai.
Deus decidiu organizar Sua família do meio da criação, quando sugeriu um pacto com Abrão e garantiu que toda sua descendência que fizesse a vontade dEle, seria o Seu povo, a Sua família.
Na leitura da Bíblia, encontramos no Velho Testamento toda essa saga do povo de Deus, representado pelas 12 tribos de Israel que chegam até o dia de hoje. O Novo Testamento traz os ensinamentos de Jesus que veio reformar a leis trazidas por Moisés, o grande profeta do Velho Testamento.
Jesus se identifica entre nós, não como um profeta, e sim como o Filho de Deus, que foi enviado pelo Pai para nos ensinar sobre o Caminho da Verdade que nos leva à Vida eterna, integrado ao Divino.
Jesus se identifica tanto com Deus que diz aos apóstolos que quem O ver, ver ao Pai. Faz o maior esforço para mostrar a todos, inclusive à família biológica e aos apóstolos que Suas lições levam a formação da família universal, à construção do Reino de Deus, e que este tem uma perspectiva espiritual e não material.
Foram essas lições que introjetei dentro de minha consciência para procurar cumpri-las com integridade e honestidade, fazendo o discernimento mais perfeito possível entre o certo e o errado, entre o que devo fazer e o que devo evitar.
Fazendo assim, entendo que estou fazendo a vontade do Pai, e portanto, não preciso ser israelita ou ter feito a circuncisão para ser Filho de Deus. Já estou dentro dessa condição, e ao mesmo tempo, posso ver tantas pessoas, amigas e até parentes, que não fazem a vontade de Deus, e, portanto, não são meus parentes espirituais, não pertencem à família universal, ao Reino de Deus. São pessoas que podem ter um alto nível de racionalidade, podem ser acadêmicos, juristas, parlamentares, eclesiásticos, etc., mas não fazem a vontade de Deus, por ignorância ou por determinação.
É da vontade de Deus que nós, mais evoluídos espiritualmente, que já pertencemos à família universal, procuremos os irmãos racionais para ensina-los sobre o Reino de Deus, como participar de nossa família espiritual, como Jesus fez conosco.
É neste ponto que me encontro agora, como Filho de Deus, procurando fazer a vontade do Pai, apesar das minhas profundas dificuldades, emocionais, racionais e motivacionais, que geram vícios e defeitos.
A confecção deste espaço literário é onde coloco diariamente as minhas reflexões pessoais ou reflexões sobre ideias de outras pessoas. Tudo isto no sentido didático de deixar um rastro de minha existência do ponto de vista cognitivo, chamando a atenção de como podemos nos comportar para seguir as lições do Cristo para ser incluído na família universal.
Toda minha produção literária neste espaço tem o sentido de mostrar a minha caminhada nos passos do Cristo, as dificuldades que encontro na aplicação prática e até na compreensão verdadeira das lições divinas, desde que somos bombardeados pelas mentiras, pelas falsas narrativas que podem nos levar a praticar o mal pensando estar fazendo o bem.