Toda condição da natureza humana está dentro da Religião Concentrada que se bifurca obrigatoriamente em Religião Divina e Religião Demoníaca. O método científico desenvolvido pela humanidade, a ciência, como é denominado rotineiramente, não escapa dessa decisão.
Os cientistas que se consideram ateus, são aqueles que não aceitam a existência do Criador e colocam o Nada no Seu lugar. É uma forma de explicar a criação sem ter que obedecer a uma inteligência superior. Portanto, fogem da obrigatoriedade de fazerem a vontade de Deus, não se caracterizam como Seus filhos, não pertencem a família universal dos crentes que estão dentro da Religião Divina, cujos membros procuram cumprir as suas obrigações decorrentes da vontade de Deus.
A ciência ateia, negando a existência de Deus, é a que se apresenta como a verdadeira dentro dos meios científicos e tenta desqualificar a ciência teísta, como se ambas não estivessem dentro da Religião Concentrada, seguindo seus rituais de acordo com a bifurcação escolhida.
A ciência materialista e ateia se propaga nos periódicos e é ensinada na maioria das cátedras oficiais, recebendo o crédito das grandes correntes da atual opinião anticristã. Não ver na ordem e perfeição do universo a inteligência superior de um Criador, consideram que tudo seja efeito do acaso. Dessa forma é afirmado a eternidade da matéria, pois, se consideram que tudo existiu sem nada ter sido criado, nada será destruído. O universo presente subsistirá para sempre, e se ele for progredindo e melhorando será unicamente pelo efeito do gênio do homem, pelo impulso cada vez maior dado às artes, tecnologia e conquistas industriais, pelo jogo variado de fluídos e de elementos que se decompõem e se recompõem para dar nascimento a novas formas.
A ciência teísta compreende que a natureza reflete a sabedoria do Criador que dentro dela está a aplicação e ativação de forças inumeráveis e ainda desconhecidas e que nosso intelecto não tem condições de alcançar. Forças que foram projetadas para crescer e se desenvolver cumprindo determinados propósitos que alguns deles podemos alcançar com o avanço de nossa racionalidade: o verme aperfeiçoado tornando-se quadrúpede, que se torna bípede, que se torna homem, implicando nesse processo milhões de anos.
Nesse processo de racionalidade onde ainda estamos na tenra infância, precisamos de pessoas com intuições dirigidas a esse conhecimento e que formem de acordo com suas circunstâncias de vida uma cosmogonia inicial que podemos ver na Bíblia e em outros livros sagrados ao redor do mundo.
A ciência ateia ver o paraíso e a vida eterna como uma alegoria, um mito. Consideram que o progresso é o fim último, a lei e o fundamento da vida do homem. É o termo e o objetivo para onde devem confluir todos os seus pensamentos e aspirações. Se o homem rejeitar com coragem os laços e as trevas das superstições e das crenças tirânicas e antiquadas, se tiver fé somente em si mesmo, num futuro mais ou menos próximo será incumbido da criação e dos fundamentos de um reinado sem medidas e entraves. Sem ter que obedecer a vontade de um Deus imaginativo.
Eis o pensamento de Lúcifer querendo se colocar no lugar de Deus e desenvolvendo com sua astúcia, orgulho e prepotência todo um movimento revolucionário a partir dos céus, da proximidade com o divino.