Tendo a Reforma Protestante de 1517 deixado um vácuo na Europa, a maçonaria organizou uma nova “igreja católica” universal, instituída para unir os homens em naturalismo, racionalismo e irmandade universal.
Nesse sentido, a estratégia da Ordem Rosacruz e da Maçonaria consiste em dispor sociedades secretas para subverter a ordem (católica) corrente e comutá-la por uma ordem iluminada na qual todas as religiões são aproximações da verdade – todas as religiões se tornam alegóricas e iguais. A Igreja Católica é a Vetus Ordo Saeculorum – a Velha Ordem do Mundo. A Maçonaria é a Novus Ordo Saeculorum – a Nova Ordem do Mundo.
A Maçonaria é a busca organizada daquilo que Lúcifer queria e que Adão e Eva tentaram. Trata-se da tentação da alquimia – transformar chumbo em ouro. Lúcifer, Adão e Eva buscaram transformar suas boas naturezas em naturezas divinas. De forma semelhante, os maçons negam a única encarnação de Jesus Cristo e rejeitam a ideia do pecado e a necessidade, de Cristo, de morrer e ressuscitar para a salvação humana. Consequentemente, não há graça, não há sacramentos e não há Igreja – a natureza humana sozinha é suficiente para a felicidade da humanidade. Trata-se do erro teológico de que a natureza não é curada nem aperfeiçoada pela graça. Ao invés disso, a natureza é divina. A criação é divina, e nós devemos procurar iluminação oculta para ver a Nova Ordem Mundial da natureza como divina.
Previsivelmente, a Maçonaria sempre prosperou onde o protestantismo fincou raízes antes. Escócia (presbiterianismo), Inglaterra (anglicanismo) e Alemanha (luteranismo) são os centro tradicionais da Maçonaria europeia. De forma semelhante, a América protestante também foi infectada pela Maçonaria, especialmente no sul protestante dos Estados Unidos.
Seguindo a Ordem Rosacruz, a Maçonaria cultua o “Grande Arquiteto do Universo”, que é tanto deus quanto o universo natural. Contudo, antigos membros da Maçonaria revelaram que o “Grande Arquiteto do Universo” é, na verdade, Satanás.
A Maçonaria formalmente organizada se originou em 1717 , dois séculos após a Reforma de 1517. Ela se nutriu do anticatolicismo, do deísmo e do racionalismo de seu tempo. A razão, não a fé, era valorizada pelos homens dessa época, e as lojas maçônicas se proliferaram. A religião organizada foi rejeitada em prol do sentimento de que todas as religiões estão se dirigindo ao desconhecido “Grande Arquiteto do Universo”.
Eis porque o maçom Benjamim Franklin pagava o dízimo a todas as religiões e denominações de seu tempo. Eis também porque os maçons consagram as escrituras de todas as religiões em seus altares: a Bíblia Sagrada, o Corão, os Vedas, o Zend-Avesta, o Sohar, a Cabala, o Bhagavad Gita e os Upanishads. Eles são, para os maçons, meramente esboços de crianças de jardim de infância desenhando Deus.
Uma vez que as religiões organizadas são igualmente aceitas, o modo de conhecimento divino é a razão, e não a fé, o batismo, a pregação, a Eucaristia, a liturgia ou o sacerdócio – e certamente não o papado. A humanidade não precisa de fé – ela precisa mais de razão. Essa é a consequência da assertiva de Martinho Lutero da autoridade religiosa a partir somente das Escrituras. Esse princípio fez de cada homem o juiz privado e final da doutrina teológica. A razão privada subjetiva entrou à socapa por essa porta dos fundos inconscientemente deixada aberta por Lutero.
A Igreja Católica excomunga qualquer católico que tenha aderido à Maçonaria, porque ela é uma religião de todas as religiões. Embora seja uma sociedade secreta, ela não esconde o fato de que almeja uma Nova Ordem Mundial na qual todas as religiões são honradas e tratadas como igualmente verdadeiras. Em sua busca de igualdade, ela também deseja a distribuição igual da propriedade humana.