Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
29/08/2024 00h01
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            Quando Jesus disse palavras duras aos discípulos, dizendo que Ele estava pronto para oferecer a Sua carne para ser comida e o Seu sangue para ser bebido, significando o Seu sacrifício em benefício da humanidade que se encontrava contaminada. Muitos daqueles discípulos O abandonaram, não estavam prontos para passar por tais sacrifícios. Foi quando o Mestre, percebendo a crise que estava havendo no relacionamento com eles, perguntou aos apóstolos, os discípulos mais próximos, se eles também queriam ir embora.



            Esta é uma condição que deve ficar bem clara num relacionamento, para se saber se é um relacionamento fortuito ou permanente.



            Eu também digo palavras duras às minhas prováveis companheiras quando querem estabelecer um relacionamento permanente. Digo que já tenho um relacionamento permanente com Deus e nenhum outro relacionamento que eu construa neste mundo material pode implicar na minha obediência à vontade do Pai. Esta vontade é que eu desenvolva o amor incondicional acima do amor condicional; que eu valorize mais a família universal onde Ele está incluído do que a família nuclear ou ampliada onde geralmente Ele está excluído; que eu devo amar ao próximo como a mim mesmo, fazendo sempre ao outro aquilo que desejo der feito a mim mesmo. Isso implica que, se uma pessoa deseja trocar afetos comigo e isso coincide com os meus desejos, e se eu estivesse no lugar da pessoa, querendo que isso acontecesse, então essa troca de afetos seria permitida com essa pessoa sem qualquer preconceito, podendo chegar até o nível da intimidade sexual e da geração de filhos.



            Essas são as palavras duras que minhas prováveis companheiras escutam de mim quando estão querendo firmar um relacionamento permanente, para saberem de antemão como é o meu pensamento, compromissos anteriores e forma de agir. Elas percebem que não terão a chamada “fidelidade conjugal”, a exclusividade de um relacionamento íntimo com outras pessoas, mesmo que elas tenham o mesmo direito, que eu, por justiça, devo advogar para elas. Muitas prováveis companheiras desistem de investir nesse relacionamento comigo dentro dessas circunstâncias.



            Primeiro, quando percebem que eu já tenho um relacionamento permanente com outra pessoa e que elas percebem que só podem esperar de mim um relacionamento fortuito. Um desses casos fortuitos por uma pessoa humilde, secretária do lar, pela qual me apaixonei, mas ela sabia que eu tinha um relacionamento permanente e não havia condições de ser rompido. Mas como eu sabia que ela vivia com dificuldades financeiras, propus para ela ter um filho comigo, pois a pensão que esse filho passasse a receber a deixaria numa situação financeira mais confortável. Ela não aceitou, pois queria ter filhos com o seu relacionamento permanente que não podia ser comigo. Foi uma das pessoas que encontrei com mais éticas nos meus mais diversos encontros. Para ela flui com facilidade o meu amor incondicional até hoje.



            Algumas pessoas resolveram assumir esse relacionamento duro comigo, fora de todas as regras sociais e sujeitas as críticas de parentes e amigos. Talvez pensem que irão mudar a minha forma de pensar ou que vão conseguir levar avante tal responsabilidade e um dia alcançar a utopia bíblica de sermos uma só carne, onde o prazer ou a dor que um sentir, o outro irá sentir da mesma forma, acima de qualquer preconceito. Não conseguem, e geralmente sou expulso do relacionamento, sempre por esse motivo, quando elas percebem que estou com um relacionamento fortuito com outra pessoa.



            Mas, no meu atual relacionamento que se propõe ser permanente, aconteceu outra quebra do compromisso. Ao voltar do trabalho para casa, fui avisado que a minha companheira decidiu deixar o nosso relacionamento e sair da nossa casa, da minha vida, e partir para outro relacionamento. Não foi em busca de um relacionamento permanente com uma das suas paqueras que pudesse lhe oferecer a fidelidade conjugal que eu não posso. Seria até mais fácil para mim, tolerar, compreender e respeitar, mas não, ela iria em busca de um relacionamento transcendental, abraçada com a morte.



            Se existe esse desejo em sua mente, consciente ou inconsciente, mas que pode se expressar dessa forma na realidade, ela não pode contrair comigo um relacionamento permanente dentro de uma união estável como ela deseja.



            Que os princípios da honestidade intelectual e espiritual norteiem os caminhos das nossas vidas.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/08/2024 às 00h01